Fechamento SBK21 (23/mar): 15,43 c/lb (-10 pts)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 15,10
Resistência: 15,70
Neste momento SBK21: 15,43 (0 pt)
Na terça-feira, um ambiente macroeconômico mais negativo, com novos lockdowns sendo anunciados em diversos países, já que o ritmo de vacinação é insuficiente para frear a pandemia, levou a uma aversão ao risco generalizada no mercado. O petróleo brent, por exemplo, caiu 6,52% ontem, o que certamente intensificou as perdas dos futuros do demerara, cujo contrato Maio/21 atingiu a mínima intradiária de 15,05 c/lb, para recuperar parte das perdas na 2a metade da sessão.
As cotações em reais também sofreram queda, mas ainda estão bastante apreciadas: equivalente FCA do VHP encontrava-se em R$ 1.997/t com o fechamento de ontem. Portanto, se considerarmos que o preço do etanol segue em queda no CS, com o indicador Stonex do hidratado em R$ 2,77/L, continuamos com um cenário de ampla vantagem para o adoçante. Neste patamar, o etanol equivaleria a um açúcar de apenas 11,76 c/lb.
Após uma queda acumulada de 5,3% nas últimas 5 sessões, espera-se que as cotações encontrem suporte para novas quedas acentuadas, sendo esperada alguma correção. Importante destacar que o porto de Santos começa a registrar um certo congestionamento nos terminais por conta do acúmulo de açúcar e soja para exportação. Traders estimam que a "demurrage", taxa diária cobrada por atrasos nos portos, subiu de US$ 18 mil para US$ 30 mil, o que deve começar a ser precifado pelos agentes nas cotações do NY#11 com mais afinco.
Dólar
Fechamento (23/mar): R$ 5,5213 (+0,31%)
Viés do dia: Altista
Suporte: 5,42
Resistência: 5,57
Dollar Index: 92,513 (+0,18%)
Apesar de operar boa parte da sessão em queda, o dólar fechou em leve alta nesta terça-feira com a mudança do humor no cenário externo. Apesar disso, a divisa brasileira teve um dos melhores desempenhos entre os pares na sessão, principalmente como reação à ata do Copom divulgada pela manhã.
No documento, o Banco Central se mostrou mais otimista em suas projeções de recuperação econômica brasileira, especialmente para o segundo semestre. Além disso, o mercado interpretou a ata como ainda mais hawkish do que o comunicado pós-reunião à medida que as projeções inflacionárias vão se cristalizando, então os aumentos contínuos na Selic devem seguir vigorando nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária.
Nos EUA, destaque para as falas da secretária do tesouro Janet Yellen. A chefe de política fiscal americana afirmou que o país deve retomar o pleno emprego apenas em 2022 e evitou dar declarações à respeito de elevação de impostos na administração Joe Biden, mas essas evasões somadas a seus comentários sobre a necessidade de aumento de arrecadação do governo tornaram tais conclusões inevitáveis, causando um recrudescimento na aversão ao risco no fim da tarde.
Para hoje, espera-se uma sessão estressada no mercado cambial com os agentes reagindo à decisão da 2ª turma do STF de ontem à noite de declarar a suspeição do ex-juiz e ex-ministro Moro no processo do triplex do ex-presidente Lula. A decisão caminhava contrariamente, mas no aftermarket a ministra Carmen Lúcia mudou o seu voto, o que consolida ainda mais a figura de Lula como candidato à presidência no ano que vem e deve impactar as negociações de hoje.
Fonte: StoneX