Fechamento SBH22 (23/nov): 20,11 c/lb (+35 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,78 e 19,60
Resistência: 20,31 e 20,50
Neste momento SBH22: 20,07 (-4 pts)
Na terça-feira, o mercado de açúcar auferiu ganhos que compensaram as perdas da véspera, com o contínuo encerrando próximo de sua máxima intradiária (20,18 c/lb). O movimento veio, principalmente, na esteira da valorização do petróleo, que avançou 3,53% na sessão de ontem e voltou a encerrar em patamares não observados há mais de uma semana (US$ 82,51/barril).
A alta no mercado de combustíveis seguiu a notícia de que os EUA liberarão 50 milhões de barris de sua reserva estratégica de petróleo, em seu plano conjunto com China, Índia, Coreia do Sul e Reino Unido, volume que frustrou as expectativas do mercado. A quantidade equivale a aproximadamente dois dias e meio de demanda americana e só estaria disponível em dezembro, corroborando a noção de que a medida é paliativa, ainda mais considerando possíveis reações da OPEP.
No mercado doméstico, a CONAB reduziu suas estimativas para a safra 2022/23 no Centro-Sul, de 592 MMT para 568,4 MMT, revisão reflete os efeitos da prolongada seca, das geadas e dos focos de incêndio, valor em linha com o que a StoneX estima (565,3 MMT). A Companhia estima também 47,5 MMT de moagem para a região NNE, ao passo que projetamos 53,6 MMT, número que nos parece factível tendo em vista que 24,14 MMT já foram moídos (45%) e há boa perspectiva para a safra na região.
Hoje, o mercado de açúcar amanhece apresentando leve correção, mas ainda acima dos 20 c/lb. No radar estará a divulgação do acompanhamento da safra 2021/22 da UNICA para a 1ª quinzena de novembro, às 11h. Apesar da quinzena mais seca se comparada a anterior, espera-se que pelo menos mais 87 unidades tenham encerrado a safra, sendo este relatório um importante balizador da entressafra no CS. Apesar de já precificada, o mercado pode encontrar certo suporte e se manter acima dos 20 c/lb a depender do relatório.
Por fim, relembramos que amanhã o mercado de açúcar estará fechado devido ao Dia de Ação de Graças nos EUA.
Câmbio
Fechamento (23/nov): 5,5909 (-0,11%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,52
Resistência: 5,73
Dollar Index: 96,719 (+0,24%)
O dólar recuperou força nesta terça-feira e fechou em alta de 0,27% ante ao real; Ao longo do dia, a divisa americana passou por volatilidade, alcançando R$ 5,6489 ao longo do discurso de Joe Biden acerca dos resultados econômicos apresentados, fechando em leve alta, enquanto o Ibovespa fechou em alta de 1,54%.
No Brasil, a leve queda da divisa reflete o otimismo do governo atual da possível aprovação da PEC dos Precatórios ainda esse ano e sua abertura para aumento significativo dos gastos públicos. Na terça-feira, o relator da proposta da PEC apresentou aos senadores as mudanças que serão realizadas desde a sua aprovação na Câmara. Entretanto, o cenário doméstico ainda apresenta cautela diante da piora dos números da economia brasileira, com previsão de altas nas taxas inflacionárias para o restante do ano e 2022.
Na Europa, os principais setores de 17 países europeus, avançaram 0,4% nesta quarta. Entretanto, os investidores seguem atentos aos avanços do COVID-19, uma vez que diversos países europeus declararam aumento no número de casos para níveis de agosto, como a França, e muitos analisam a retomada das restrições. A Alemanha anuciará hoje se irá retomar a implementação do lockdown parcial em vista de garantir a redução do número de casos.
Na agenda econômica, hoje às 08:00, ocorrerá a divulgação do número de novos empregos no Brasil, com perspectiva de queda em relação ao mês passado. Às 10:30 teremos a divulgação do número de novos desempregados nos EUA no mês de outubro e, por fim, às 16:00 ocorrerá a divulgação da ata da última reunião do FOMC, que trazer mais volatilidade perto do fim da sessão.
Devido ao feriado de Dia de Ação de Graças nos EUA na quinta-feira (25), os mercados no país estarão fechados durante o dia, e funcionarão até as 13:00 na sexta-feira (26).
Fonte: StoneX