Fechamento SBH22 (24/nov): 18,32 c/lb (-21 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,25 e 18,15
Resistência: 18,40 e 18,50
Neste momento SBH22: 18,13 ( -19 pts)
O contrato de maio açúcar encerrou a última sessão em queda de 3 pontos, após um dia de significativa variação, com máxima de 18,33 e mínima de 17,84. Tal variação foi ocasionada pela forte incerteza no mercado diante do conflito no Leste europeu e aversão ao risco nos mercados financeiros globais. Na sessão de hoje, os preços seguem o movimento de queda diante da continuidade dos ataques no conflito.
O forte recuo no spread H/K ontem, de 66 pontos de inversão para 41 pontos, pode estar relacionado com a saída de algumas tradings da entrega de março, devido aos conflitos atuais no Leste Europeu e por conta da incerteza gerada quanto a possibilidade de escoamento do açúcar para os destinos.
Ontem, os preços do petróleo brent registraram altas históricas ao longo do dia, chegando à US$ 105,79, o encerramento foi em US$ 99,08 e apresentou variação de 2,24% em relação ao valor do dia anterior. Nessa madrugada, as tropas russas avançaram em terra, com a rendição da tropa ucraniana na ilha de Zmiinyi, no Mar Negro, e a entrada no distrito de Obolon, ao lado da capital Kiev, que deve ser ocupada nessa manhã. Tais desdobramentos reforçam a característica emergencial e a aversão ao risco dos investidores, refletindo na precificação da commodity. Nesse momento o petróleo Brent trabalha em queda, próximo de US$ 98,55/barril.
Como divulgado ontem, o relatório quinzenal da UNICA apresentou continuidade da moagem nula na região Centro-Sul, marcando queda de 12,78% em relação a mesma quinzena na safra 2020/21. Nessa quinzena, foi registrado o avanço de 38,76% na produção de etanol de milho em relação ao mesmo período ano passado. No que tange, a venda do etanol, a comercialização do hidratado registrou aumento de 21,64% sobre a quinzena anterior.
Nessa quinta, foi divulgado o nível de chuvas no Centro-Sul, até o dia 22/02, foi registrado 137,80 mm e projeção de 11,27 mm para o restante do mês, acumulando 149,09 mm. Pode-se observar que após o reajuste da projeção na passada, a incidência de precipitação registrou queda, em que o nível acumulado ultrapassa apenas em 2,18% a média de 10 anos. A previsão para início de março apresenta desaceleração do nível de chuvas, diminuindo a umidade atual.
Câmbio
Fechamento (24/fev): 5,1027 (+1,93%)
Viés do dia: baixista
Suporte: 5,04
Resistência: 5,16
Dollar Index: 96,973 (+0,81%)
Diante de um dos maiores conflitos entre Estados europeus desde a Segunda Guerra Mundial, mercados globais reagiram com forte aversão ao risco durante a última sessão, assim levando ao expressivo avanço do dólar diante de diversas outras divisas. O real acompanhou o movimento do dólar no exterior, e registrou a maior apreciação diária do ano (+1,93%).
Até o momento, o conflito tem se extendido em todas as maiores cidades ucranianas, sendo a captura da capital, Kiev, o foco primário do exército russo. Mesmo com o futuro do conflito ainda muito incerto, apontando diversas baixas civis e o avanço da presença militar, uma discreta perspectiva de debate político entre o líder russo, Vladimir Putin, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, com a finalidade de decidir o futuro por vias políticas ajudou a apaziguar a volatilidade dos mercados no dia de ontem, algo que também deve se extender ao pregão de hoje caso seja concretizado.
Seguindo com a perspectiva internacional, diversas nações, lideradas pelos EUA, impuseram sanções economicas à Rússia como forma de conter o financiamento do avanço militar na Ucrânia. Dentre as medidas, estão o congelamento de contas de bancos russos situadas fora do país e a trava comercial para com empresas americanas e européias, mas ainda não apontam para a retirada da Rússia do sistemade pagamentos internacionais (SWIFT). Tais atitudes de retaliação internacional reforçaram o viés de pontualidade no conflito do Leste Europeu, levando investidores a reavaliarem positivamente o impacto nas bolsas globais após a fala de Biden ao final da sessão.
Ontem o mercado dos EUA, inicialmente assustado pela invasão, após digerir o pronunciamento de Joe Biden e avaliar os possíveis reflexos das sanções anunciadas, voltou a ganhar força e encerrou o dia no campo positivo. Hoje, mercados asiáticos encerraram majoritariamente em alta, enquanto bolsas europeias operam com ganhos e futuros americanos em quedas à medida que investidores tentam avaliar as consequências do conflito no leste europeu sobre o sistema financeiro internacional.
Na agenda do dia, o mercado interno deve continuar a manter um olhar atento na questão internacional, somando-se a divulgação do IGP-M de fevereiro, o que deve trazer novos dados sobre a inflação no Brasil. Nos EUA, o dia de hoje também conta com a divulgação do Indice de preços PCE (10h30), Vendas de Moradias (12h) e o Relatório de Politica Monetária do Fed (a definir).
Fonte: StoneX