Fechamento SBK21 (24/mar): 15,63 c/lb (+20 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 15,43
Resistência: 15,83 (MM de 50 dias)
Neste momento SBK21: 15,52 c/lb (-11 pts)
Na esteira da recuperação do petróleo Brent, o contrato contínuo do NY#11 teve uma sessão de correção nesta quarta-feira. O restante da curva futura teve um comportamento mais misto, com o Jul/21 (SBN1), que está à seis semanas de se tornar o contrato contínuo, registrando a maior alta, de 22 pontos e fechando a 15,40 c/lb, movimento que fez o spread K-N se retrair 2 pontos e fechar a 0,23 c/lb.
Um fato inusitado marcou o mercado de commodities em geral: um navio cargueiro foi atingido por uma tempestade de areia enquanto cruzava o canal de Suez, perdeu o prumo e encalhou, bloqueando completamente a via marítima por onde passam 30% de todo o tráfico mundial de contêineres diariamente. Equipes técnicas trabalham para solucionar a situação que atrasou diversas rotas, mas a princípio espera-se que o incidente não afete os prêmios nos portos, e inicialmente também não tenha impacto nem sobre o preço do açúcar nem do petróleo. Iniciou-se agora pela manhã uma fase mais complexa da operação para desencalhar o cargueiro.
No cenário dos combustíveis, a Petrobras realizou novo reajuste negativo no preço da Gasolina A, de R$ 0,1080/L para acompanhar a dinâmica recente do mercado internacional; o reajuste é linear em todas as praças e entra em vigência a partir de hoje. No mercado de etanol, a falta de liquidez interrompeu momentaneamente a queda que o indicador StoneX vinha sofrendo nos últimos dias e encerrou ontem estável, mas certamente a decisão da estatal deverá se refletir também em queda nos preços do biocombustível.
Para a sessão de hoje, destaque para a divulgação do acompanhamento de safra da UNICA referente à primeira quinzena de Março, às 10h.
Dólar
Fechamento (24/mar): R$ 5,6227 (+1,84%)
Viés do dia: Misto/Baixista
Suporte: 5,52
Resistência: 5,67
Dollar Index: 92,597 (+0,07%)
Nesta quarta-feira o câmbio realizou movimento de forte alta, com investidores preocupados com o cenário interno em meio a evolução da pandemia e a crescente crise fiscal do país com a divulgação de estatísticas do Tesouro Nacional de dívida pública. Tivemos ainda um cenário externo avesso ao risco com a prorrogação das medidas de distanciamento social na Europa.
No Brasil, o país registrou pela primeira vez mais de 3.000 mortes pela doença em um único dia na terça-feira e ontem chegou a triste marca de 300 mil vidas perdidas desde o início da pandemia, tudo isso dentro do contexto de um sistema nacional de saúde à beira do colapso, ritmo lento de vacinação e lockdowns adotados em diversos estados. O Tesouro Nacional divulgou relatório ontem anunciando que a dívida pública federal do Brasil atingiu a máxima histórica de R$ 5,199 trilhões em fevereiro, registrando um crescimento mensal de 2,8%, trazendo mais preocupação ao mercado num cenário claro de agravamento fiscal no país.
Na manhã de hoje, está programado pelo Bacen um leilão de venda de dólares à vista com compromisso de recompra, oferecendo até 3,0 bilhões de dólares na operação e pode trazer pressão baixista para o câmbio no início da sessão. No cenário externo, o mercado acionário internacional amanhece misto, com leve ganhos nos EUA e leves perdas na Europa.
Fonte: StoneX