Fechamento SBK22 (24/mar): 19,26 c/lb (+2 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,30 e 19,40
Resistência: 19,20 e 19,10
Neste momento SBK22: 19,48 (+ 22 pts)
Os preços do açúcar na quinta-feira fecharam ligeiramente altos. A força inicial no preço do açúcar, com máxima de 19,50 c/lb foi sustentado pelos ganhos do petróleo, no entanto, após recuo nos preços do Brent (2,57%), o açúcar recuou maior parte de seu avanço na quinta-feira. Nesta manhã, o mercado inicia em alta na busca por recuperação da redução dos preços apresentada ontem somada a possibilidade de restrição da exportação de açúcar da Índia.
De acordo com fontes do governo e da indústria açucareira, a Índia planeja restringir as exportações de açúcar para evitar um aumento nos preços domésticos, existe a possibilidade de limitação das exportações na safra atual (2021/22) 8 milhões de toneladas ou estabelecimento de taxação sobre as exportações para desencorajar as vendas no exterior. Até o momento, as usinas já contrataram a exportação de 7 milhões de toneladas. Diante da possível restrição às exportações da Índia, os preços do açúcar tenderiam a se fortalecer.
No continente europeu, apesar do clima benéfico para o avanço do plantio de beterraba, a presença de pulgões segue uma preocupação na região, principalmente no caso da Alemanha que ainda não liberou o uso emergencial de neonicotinoides, diante das temperaturas amenas, existe a possibilidade da expansão dos pulgões e redução do potencial produtivo em algumas áreas de beterraba. Além disso, a guerra entre Rússia e Ucrânia, soma o aumento dos custos para a plantação, como os bloqueios de fertilizantes e valorização dos combustíveis. Com isso, estima-se que a União Europeia e Reino Unido produzam menor volume de açúcar no ciclo 2022/23 (out-set), fortalecendo papel da região como importadora de açúcar.
No Centro-Sul, até o dia 22/03, foram registrados 108,3 mm de precipitação com projeção de mais 84,18 mm até o fim de março, acumulando 192,48 mm, ultrapassando em 53,24% a média dos últimos 10 anos. A previsão reforça o aumento da probabilidade de chuvas no restante do mês de março. Além disso, a previsão para os primeiros oito dias de abril é marcada por 32,18 mm, sinalizando possível redução da incidência de chuvas, auxiliando o trabalho nos canaviais.
No mercado de combustíveis, essa semana o hidratado apresentou leve alta de 0,75% frente a segunda, precificado em R$ 3,98/L (PVU em Ribeirão Preto/SP), com equivalência no NY#11 de 19,93 c/lb. Ontem, foram divulgadas as metas individuais compulsórias definitivas do RenovaBio, sendo esta 36,72 milhões de CBIOs, em que 70% deste volume deve ser aposentado por apenas cinco distribuidoras, com base em suas emissões de carbono equivalente.
Câmbio
Fechamento (24/mar): 4,8268 (0,00%)
Viés do dia: misto
Suporte: 4,76
Resistência: 4,90
Dollar Index: 98,664 (-0,13%)
Seguindo do sétimo pregão consecutivo em queda, o dólar operou praticamente lateralizado durante a última sessão. A recorrente valorização do real, atingindo a menor cotação desde março de 2020, tem sido embasada pelo constante fluxo externo a adentrar o mercado brasileiro, em meio ao contexto de juros atrativos no Brasil.
Internamente, ainda que o dólar tenha operado em forte queda, atingindo 4,7663 na mínima intradiária, a fala do presidente do BC conteve o movimento baixista da moeda americana, sugerindo que uma elevação da Selic em junho não está nos planos da entidade. Ainda assim, para maio é esperada a elevação de apenas 1p.p., já em ritmo de desaceleração do aperto monetário, visando em encerramento do ciclo de elevação dos juros em 12,75%. Tal perspectiva corroborou com as altas vistas na B3 na última sessão, especialmente em empresas ligadas ao setor de construção civil. Ainda hoje teremos a divulgação do IPCA-15 às 9h, com o mercado apontado uma elevação mensal de 0,87%
No exterior, os mercados americanos encerraram com expressivos ganhos diante de dados positivos divulgados no país, mostrando uma considerável resiliência da economia americana frente à atual guerra na Ucrânia. Dentre as divulgações, pedidos de seguro-desemprego caíram consideravelmente em 13% frente à última divulgação, levando à um cenário positivo nos mercados de capitais e fazendo os Treasuries de 10 anos avançarem na sessão. Ainda hoje teremos discursos dos membros do FOMC (11h) e a divulgação de Vendas Pendentes de Moradia (11h) em fevereiro, trazendo novos dados sobre a economia americana e possivelmente impactando no câmbio durante a sessão.
No mundo, diante de uma semana agitada em relação as recentes elevações da taxa de juros e da guerra na Ucrânia completar um mês desde seu início, bolsas asiáticas encerraram com baixas ao passo que futuros americanos e mercados europeus operam próximos da estabilidade nesse momento. Tal lateralidade deve ser gradualmente dissipada à medida que agentes precificam o cenário geopolítico global, com diversas reuniões entre nações ocorrendo nos próximos dias visando novas sanções contra a Rússia e uma possível resposta dos EUA caso haja o uso de armas químicas na Ucrânia.
Fonte: StoneX