Fechamento SBK22 (21/abril): 19,24 c/lb (-63 pts)
Viés do dia: Misto/Baixista
Suporte: 18,76 e 18,50
Resistência: 19,15 e 19,50
Neste momento SBK22: 18,96 (-28 pts)
Na sexta-feira, os preços do NY#11 apresentaram forte queda ao longo de toda curva futura, movimento influenciado sobretudo por dois fatores: a queda do petróleo bruto em 1,55% durante a sessão, assim como a acentuada desvalorização do real, com a par acumulando ganhos de 3,77%, reduzindo os custos para exportação do adoçante brasileiro e revertendo em parte o cenário de um mix voltado à produção de etanol. Além disso, o relatório do USDA também contribuiu para a perspectiva mais baixista do demerara, elevando a previsão da produção (+2,9%) e exportação (+3,7%) brasileira.
Hoje, os futuros do demerara iniciam em baixa acentuada novamente, rompendo o importante suporte dos 19,00 c/lb. Tal movimento se dá na esteira da desvalorização do Brent, que já registra queda de 4,16% nesta manhã, cotado a US$ 102,16. A forte desvalorização do petróleo bruto, por sua vez, é decorrente das preocupações com a política Zero Covid na China e expectativas de que, em abril, o país deve registrar queda de 20% no consumo de gasolina, diesel e combustível para aviação com relação ao ano passado, equivalente a queda na casa de 1,2 milhões de barris de petróleo por dia.
Neste cenário, mesmo com o hidratado precificado a R$ 4,45/L na última sexta-feira, registando queda de 5,3% na comparação semanal, a paridade ainda equivale a 22,38 c/lb base NY (+3,14 c/lb em relação ao açucar NY#11), um cenário ainda favorável para a produção do biocombustível em detrimento do adoçante.
Câmbio
Fechamento (22/abril): 4,7961 (+3,77%)
Viés do dia: Misto/altista
Suporte: 4,67 e 4,59
Resistência: 4,83 e 4,90
Dollar Index: 101,687 (+ 0,46%)
Ao final da sessão de sexta-feira, a paridade do dólar com o real apresentou a maior alta diária desde o início da pandemia em 2020, saltando acima dos 4% na máxima intradiária e encerrando levemente abaixo desse patamar após intervenção do Banco Central, com venda de US$ 571 milhões. Essa desvalorização do real, recorde entre emergentes, refletiu o cenário internacional fortemente inclinado à elevação dos juros por parte do Fed e fim do ciclo de aperto pelo Bacen, somando-se aos ruídos políticos no Tribunal de Contas da União após a volta do feriado de Tiradentes no Brasil.
No exterior, a reeleição de Macron na França, o endurecimento de restrições de tráfego na China e revisão da projeção de crescimento da economia global mais brando, têm provocado forte aversão ao risco nos mercados de capitais de modo geral.
Esta semana, teremos a divulgação do Índice de Gastos Pessoais do Consumidor (importante métrica de inflação nos EUA), que deve ser determinante para a decisão do Fed a respeito da elevação dos juros, que ocorrerá na reunião dos dias 3 e 4 de maio. No mais, com o encontro anual de primavera no Hemisfério Norte nesta semana, os mercados devem seguir cautelosos diante dos discursos de líderes e entidades monetárias internacionais nos próximos dias.
Hoje, enquanto o dólar index segue em alta, futuros americanos e bolsas europeias operam com consideráveis quedas pela manhã, seguindo mesmo caminho dos mercados asiáticos.
Fonte: StoneX