Fechamento SBH22 (24/nov): 19,93 c/lb (-18 pts)
O mercado de açúcar encerrou a sessão apresentando leve queda, dando continuidade ao movimento lateral visto nos últimos meses, registrando a máxima de 20,19 c/lb e mínima em 19,80c/lb. O movimento se dá na esteira da divulgação dos dados da UNICA, apresentando dados melhores que o esperado, oferecendo resistência a altas durante o dia.
A divulgação dos dados da UNICA trouxe os resultados à respeito da primeira quinzena de novembro, com a moagem no Centro-Sul alcançando 12,5 MMT, um recuo de 38,4% em comparação com a quinzena do ano anterior, registrando novamente o menor valor histórico. Ainda assim o resultado afastou perspectivas mais negativas para a safra do CS, com resultado acima do esperado dado os eventos climáticos adversos que prejudicaram a safra durante o ano, consolidando o mercado abaixo do 20 c/lb. Com a moagem já acumulando 517 MMT, o mercado se atenta para ritmo de chuvas no CS a partir de janeiro, que ainda é incerto e será determinante para a moagem de março em diante. Em meio a este contexto, o mercado tende a seguir movimento lateral, podendo testar os recentes suportes de 19,50 e 19,25 c/lb.
No mercado de combustíveis, o hidratado segue perdendo força, sendo precificado pelo indicador StoneX em R$ 4,20/L (PVU em Ribeirão Preto/SP), ainda sem liquidez no mercado. Com o fim da safra canavieira, a tendência é de maior aperto no balanço de oferta e demanda nos próximos meses, com o mercado podendo experimentar novas altas, porém com mais liquidez, caso nenhuma mudança no percentual da mistura ou de um maior volume de importações ocorra. O etanol também deve continuar sofrendo pressões com a mudança no cenário global da produção de petróleo, com a decisão de alguns países fora da OPEP em disponibilizarem o uso de seus estoques, o que pode também causar volatilidade no preço da gasolina.
Por fim, relembramos que hoje o mercado de açúcar estará fechado devido ao Dia de Ação de Graças nos EUA.
Câmbio
Fechamento (24/nov): 5,6013 (+0,19%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,51
Resistência: 5,73
Dollar Index: 96,720 (-0,16%)
O dólar apresentou alta contra as principais moedas emergentes nesta quarta-feira. A moeda americana abriu a sessão alcançando a mínima intradiária de R$ 5,5562, mas passou a maior parte do dia ao redor dos R$ 5,60. A recuperação econômica dos EUA, somada a uma visão mais hawkish do FED (favorável à aceleração das retiradas de estímulos) traz uma pressão altista para o dólar em todo o mundo, ao passo que agentes acompanham discussões sobre a PEC dos Precatórios e elevação da Selic no Brasil.
No Brasil, o cenário segue de cautela uma vez que a votação final da PEC dos Precatórios foi adiada para terça-feira. Segundo o relator, Fernando Bezerra Coelho, esse período será de busca por maior aprovação do colegiado e apresenta otimismo em relação a futura aprovação da PEC. Além disso, hoje ,às 09:00, teremos o encontro do COPOM para discussões acerca das medidas econômicas compatíveis com o cenário fiscal brasileiro, o encontro poderá impactar na volatilidade da divisa brasileira. A divulgação do número de novos empregos no Brasil foi alterada para sexta-feira (26) às 10:00.
Nos EUA, o número de pedidos de seguro de desemprego na última semana foi de 71 mil, menor patamar desde 1969. Na quarta-feira tivemos a divulgação da 2a leitura do PIB estadunidense do 3° T de +2,10%, pouco abaixo da projeção do mercado de 2,2%, mas mostrando um avanço em relação à 1a leitura de 2%. Além disso, a ata divulgada da FOMC apresentou que alguns membros desejam um ritmo mais acelerado no cronograma para o tapering (processo de retirada de estímulos na economia), estabelecido no dia 3 de novembro, com o objetivo de aumentar as taxas de juros antes do que planejado para promover a desaceleração do aumento das taxas inflacionárias.
Lembrete: Devido ao feriado de Dia de Ação de Graças nos EUA, hoje os mercados no país estarão fechados durante o dia, o que deve trazer menor liquidez ao câmbio.
Fonte: StoneX