Fechamento SBH21 (25/fev): 17,84 c/lb (-32 pts)
Viés do dia: Baixista
Neste momento SBH21: 17,53 (-31 pts)
Em uma sessão marcada por um cenário macro desfavorável aos ativos de risco, os futuros do NY#11 registraram quedas na penúltima sessão de negociação do contínuo. O contrato de Mai-21, mais ativo, caiu 33 pontos e encerrou a sessão cotado à 16,84 c/lb.
O Open Interest caiu praticamente pela metade e agora é de 26.346 lotes, o que indica que a entrega talvez não se confirme tão grande como anteriormente previsto, mas mais próxima à 1 MMT. Esse volume, que ainda é alto, deve ser sustentado pelo spread H-K, que permanece fortemente invertido tendo encerrado ontem à 1,00 c/lb. Outro diferencial que vale manter no radar é o K-N, que chegou à uma máxima de 4 meses recentemente por receios da capacidade logística de entrega do Brasil contra a tela de Maio, graças ao alto volume de soja exportada nesse ano encher os terminais portuários, e um clima complicado por conta do La Niña.
A Origanização mundial do açúcar (ISO) revisou sua estimativa de balanço de O&D global para a safra 20/21 nesta quinta-feira e agora prevê um déficit de 4,8 MMT, frente a um déficit de 3,5 MMT na projeção anterior. O principal motivo é a revisão da produção europeia pelo impacto do vírus amarelo e do clima seco, devendo produzir 15,2 MMT ante 16,8 MMT na projeção passada. Seja por já ter sido precificada anteriormente ou não, a notícia altista não impactou diretamente o comportamento dos preços ontem, mas pode ser fator de suporte para a curva futura no atual patamar elevado em que se encontra.
No mercado de combustíveis, o etanol segue um rally consistente de preços no mercado interno. No indicador StoneX, o hidratado se valorizou 2,74% e encerrou esta quinta cotado à R$ 3,37/L (base PVU Ribeirão Preto), inclusive com negócios registrados à R$ 3,40/L.
Dólar
Fechamento (25/fev): R$ 5,5197 (+1,92%)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 5,46
Resistência: 5,57
Dollar Index: 90,569 (+0,48%)
A sessão de ontem foi marcada pelo tom de aversão ao risco, com queda generalizada de bolsas e alta do dólar frente às principais moedas do mundo. Contra emergentes, o desempenho da moeda americana foi ainda mais expressivo, com o dólar subindo 2,07% contra o peso mexicano e 3,32% contra o rand sul-africano no fechamento da B3. No Brasil, o câmbio operou dentro do intervalo de 5,43-5,54, tendo corrigido parte de alta após injeção de US$ 1,53 bi no mercado à vista pelo BC.
O principal fator que explica este movimento de fortalecimento do dólar é a subida dos juros de longo prazo da economia americana, uma vez que o ritmo de vacinação nos EUA segue acelerado, com mais de 12% da população já vacinada, ao passo que a injeção de liquidez na economia também continua, elevando as expectativas inflacionárias. Ontem, os treasuries de 10 anos tocaram 1,70%, atraindo muitos investidores para esta ilha de segurança.
A intervenção de Bolsonaro na Petrobras elevou o prêmio de risco do país, contribuindo para a saída de R$ 9,2 bi de capital estrangeiro da bolsa entre sexta e terça, sendo mais um fator de suporte ao dólar. A postergação da votação da PEC emergencial para a próxima semana também foi outro fator que se sobrepôs às sinalizações de privatização da Eletrobrás e Correios. A adoção de uma trajetória baixista do dólar parece estar condicionada ao início da alta da Selic pelo Copom e à aprovação efetiva de medidas que visem o controle fiscal.
Hoje, às 9h, teremos a divulgação da taxa de desemprego no Brasil pelo IBGE.
Fonte: StoneX