Fechamento SBK21 (25/mar): 15,09 c/lb (-54 pts)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 14,99 (MM de 100 dias)
Resistência: 15,43
Neste momento SBK21: 15,18 c/lb (+9 pts)
Em meio à um contexto mais baixista para commodities, com o dólar operando em alta e recuo de quase 4% nas cotações do petróleo Brent, o NY#11 registrou baixas ao longo de toda a sua curva futura. O contínuo (SBK1) registrou a maior queda, de 3,45%, numa dinâmica que novamente derrubou os spreads mais próximos: o K-N retraiu 9 pontos e encerrou à 0,14 c/lb, enquanto o N-V caiu 6 pontos para fechar à 0,03 c/lb.
A recente dinâmica dos preços em bolsa reaproximou o açúcar da paridade de exportação indiana, que apesar de ter acelerado na contratação das exportações, poderia exercer algum suporte aos preços. Além disso, o recuo da semana (até o momento em -7,8%) coloca os preços em patamares sobrevendidos segundo alguns indicadores, o que também pode motivar alguma correção.
Citamos ontem o caso do navio que bloqueou a passagem pelo canal de Suez. A situação é pior do que prevista anteriormente, e à medida que equipes técnicas trabalham para solucionar o caso, ainda sem uma previsão certa de conclusão (especialistas já falam em dias ou semanas), muitos navios já estão tomando a rota alternativa mais distante de contorno ao Cabo da Boa Esperança, na África do Sul. Vale a pena manter a situação no radar, já que ela interfere toda a logística internacional e pode começar a afetar diretamente no preço de diversas commodities, inclusive do açúcar.
Dólar
Fechamento (25/mar): R$ 5,6476 (+0,44%)
Viés do dia: Misto/Baixista
Suporte: 5,56
Resistência:5,72
Dollar Index: 92,756 (-0,10%)
Ontem, o dólar voltou a apresentar trajetória altista contra o real, atingindo a máxima intradiária de R$ 5,6795. o movimento esteve em linha com uma tendência global de fortalecimento da moeda americana, já que espera-se atingir a marca de 200 milhões de doses de vacinas nos primeiros 100 dias da administração Biden, o que deve contribuir para um forte crescimento do PIB dos EUA, em descompasso com as demais economias do globo. Além disso, fatores internos vieram a amplificar tal movimento.
No Brasil, o tom mais ríspido do Congresso para a forma como Bolsonaro vem gerindo a pandemia trouxe pressões altistas para o dólar, já que ruídos politicos dificultam o andamento de reformas, além do fato de que os casos de Covid-19 continuam a registrar novos recordes. Além disso, se começava a surgir no mercado apostas de que o BC elevaria em 1 p.p. a Selic na próxima reunião, declarações de Campos Neto, presidente da instituição, fizeram tal expectativa ruir. Entretanto, reforçou-se que a tendência ainda é de continuas elevações dos juros, o que tende a ser baixista para o dólar.
Na noite de ontem, o Congresso aprovou o Orçamento de 2021, com o remanejamento de recursos antes alocados em algumas despesas obrigatórias para emendas de obras por meio do Ministério de Desenvolvimento Regional, o que pode ser mais um fator de pressão aos gastos públicos, já que o Ministério da Economja aponta que as despesas obrigatórias foram subestimadas. Por outro lado, bolsas internacionais operam em alta nesta manhã nos EUA e Europa, podendo conferir uma correção do câmbio.
Fonte: StoneX