Fechamento SBN22 (25/maio): 19,68 c/lb (-7 pts)
Viés do dia: Baixista
Suporte: 19,40 e 19,19
Resistência: 19,80 e 20,09
Neste momento SBN22: 19,43 (-25 pts)
No pregão de ontem o mercado de açúcar operou com alta volatilidade, abrindo em alta e rapidamente atingindo a máxima de 19,93 c/lb, antes de retornar a patamares mais baixos e se estabilizar, porém sem perder muito território. O suporte na cotação veio com a valorização do petróleo e com dados da UNICA muito em linha com o que era esperado pelo mercado. Porém, o registro de saída do etanol veio abaixo da expectativa, e adicionou pressão no etanol que chegou a negociar a R$ 3,88 (PVU Ribeirão Preto).
Nessa manhã, o adoçante abre com gap de queda de 28 pontos, ainda sob influência de alguns fatores de influência pressionando as cotações. O mercado segue digerindo as vendas de etanol abaixo da expectativa, encurtando a paridade com o NY e reduzindo o pessimismo quanto ao mix açucareiro; O mercado também leu que a restrição de exportação a partir apenas de 10 mmt ainda deve gerar forte escoamento do produto indiano no mercado mundial, e, por fim, a aprovação na Câmara do corte do ICMS sobre os combustíveis pode ampliar a possibilidade de redução nos preços dos combustíveis, e consequentemente, adicionar sentimento baixista para o etanol.
Os dados da UNICA divulgados ontem sobre a primeira quinzena de maio registrou moagem de 34,37 MMT, recuo de 17,04% em relação ao mesmo período da safra 2021/22. Assim, tanto a produção de açúcar quanto de etanol recuaram frente a mesma quinzena ano passado; de toda forma, houve um avanço das atividades: nessa quinzena, apenas 4 unidades a menos estavam em operação frente ao mesmo período do ciclo passado, quando na segunda quinzena de Abril esse número era de 27 unidades a menos. Entretanto, seguindo o movimento apresentado nos últimos acompanhamentos da UNICA, a produção de etanol a partir do milho registrou alta de 46% com 161,44 milhões de litros, abrindo margem para que os preços do etanol no mercado físico cedam.
Ainda no fundamento, a colheita de cana da safra 2021/22 em Cuba registrou queda de 48% frente a temporada anterior, registrando 474 mil toneladas, valor mais baixo desde 1908. De acordo com a Azcuba, empresa estatal de adoçantes, o motivo da redução brusca foi a queda da disponibilidade de insumos para a garantia de produção local, como fertilizantes, pesticidas, substâncias e peças de reposição para máquinas de trabalho. Tal situação levanta questionamentos de medidas eficientes econômicas no país, uma vez que a produção açucareira é essencial para o país. Este cenário levanta um possível alerta de casos similares em outras regiões produtoras no mundo.
Câmbio
Fechamento (25/mai): 4,8269 (+0,16%)
Viés do dia: misto/baixista
Suporte: 4,72
Resistência: 4,90
Dollar Index: 101,8160 (-0,24%)
O dólar encerrou a sessão de quarta-feira com leve ganho diante do real e viés misto contra de rivais, após a ata da reunião do FED reafirmar expectativas já esperadas por grande parte do mercado. Tal divulgação reforçou as projeções para um ritmo de aperto monetário semelhante ao visto nas últimas reuniões, com a escalada de 0,5p. p na próxima reunião subindo a probabilidade de mercado de 95, 9%.
No cenário interno, seguindo de uma sessão volátil após a troca do dirigente da Petrobras, a paridade para com o dólar voltou a operar refletindo o cenário internacional em detrimento do interno propriamente. Além disso, a carregada agenda de divulgações do dia de hoje pode vir a impactar nas taxas de câmbio, com agentes aguardando INCC-M (8h00), Caged de abril (9h30), o discurso de Campos Neto na Comef (9h30), a participação de Paulo Guedes na coletiva de imprensa em Davos (10h) e, por fim, a divulgação da arrecadação federal em abril (10h30), com expectativas de suporte ao real após as divulgações.
Hoje, índices futuros americanos e bolsas europeias operam próximos da estabilidade, ao passo em que mercados asiáticos encerraram sem direção única durante a sessão. A movimentação ainda reflete a digestão da minuta do Fed pelos agentes e a cautela pela leitura final do PIB do 1T22 dos EUA, esperado em -1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. No mais, agentes também demonstram certa cautela frente a divulgação do Número de Pedidos por Seguro desemprego e o PCE nos EUA, ambos as 9h30, devendo impactar nos mercados de modo geral após suas divulgações.
Fonte: StoneX