Fechamento SBN3 (25/05): 24,83 (-66 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 24,80 / 24,60
Resistência: 25,00 / 25,45
Mercado (SBN3): 24,84 (+0,01 c/lb)
Em linha com o cenário macroeconômico, que derrubou também o petróleo e seus derivados, o NY amanheceu o dia derretendo ontem. Além da aversão geral ao risco, o mercado antecipava também a divulgação do relatório da UNICA, que ocorreu às 11h.
O relatório com o acompanhamento da safra no CS até a primeira quinzena do mês de maio trouxe números bem acima das expectativas do mercado. O clima mais seco e a elevada produtividade dos canaviais favoreceram a moagem da quinzena, que totalizou 43,98 MMT, volume recorde para o período. De acordo com o CTC, o TCH no mês de maio ficou na média de 83,7 t/ha, 18,5% acima de abril de 2022. Os preços atrativos do açúcar e a baixa competitividade do etanol favoreceram também o aumento no mix açucareiro, que ficou em 48,4% na quinzena – maior mix de açúcar pro período desde 2006.
Chamamos a atenção ainda para a produção de etanol de milho, que segue quebrando recordes e já acumula crescimento de quase 60% com relação ao mesmo período no ano passado. Dada a baixa competitividade do etanol hidratado nos postos do país, o mix de produção de etanol segue forte para o anidro, tendência que deve permanecer ainda nas próximas quinzenas - especialmente após as saídas de etanol anidro no mercado interno marcarem também a máxima histórica, devendo ficar próximas de 1 bilhão no total do mês de maio.
A confirmação de que a safra no Centro-Sul brasileiro já engrenou a todo vapor acentuou a queda de 2,6% no contrato contínuo do NY ontem, que encerrou o dia na banda inferior do canal técnico que mostra suporte na região dos 24,90 c/lb. Caso confirmado o rompimento desse primeiro suporte, o mercado pode vir a buscar níveis mais baixos, com alvo inicialmente nos 24,50 e 24,20 c/lb.
Contudo, o cenário no médio prazo ainda é de suporte, dados os riscos que o El Niño oferece para a safra do hemisfério norte principalmente. As chuvas de monções na Índia, que normalmente chegam ao sul do país a partir de 1 de junho, jà dão indícios de atraso. Mas ainda assim, em nova divulgação hoje, o IMD manteve a previsão de chuvas normais para o período, em 96% da média história.
Fonte: StoneX