Fechamento SBV22 (25/jul): 17,47 c/lb (-42 pts)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 17,43 / 16,73
Resistência: 17,89 / 18,00 / 18,50
Neste momento SBV22: 17,60 c/lb (+13 pts)
O açúcar em NY encerrou ontem sua quinta sessão consecutiva de queda expressiva, na contramão da maior parte dos ativos de risco. O adoçante rompeu importantes médias móveis de longo prazo e encerrou próximo à mínima do dia, região de forte suporte, dado que é a menor cotação da tela desde fevereiro e menor patamar do contrato contínuo em quase um ano.
Hoje, contudo, as cotações tentam recuperar o fôlego e voltam a operar no campo positivo na abertura, recebendo suporte do mercado de petróleo e outros ativos de risco que aproveitam do último dia de "calmaria" no cenário macroeconômico (devido à reunião do FED cujo desfecho será conhecido amanhã) e emendam o segundo dia de ganhos na semana.
A derrocada nos preços do CBIO no Brasil, que chegou a representar mais de 100 pontos base NY (cerca de R$ 0,20/litro no preço do etanol), pode ser apontada como um dos fatores que tem contribuído com a pressão extra sobre o açúcar. A queda nos preços do papel se deu após postergação da data de comprovação da aquisição dos CBIOs pelas partes obrigadas, o que refletiu em menor pressão compradora no mercado, trazendo os preços de cerca de R$ 200,00 para perto dos R$ 90,00. Contudo, vale lembrar que, apesar de adiada, a meta não deixou de existir e os compradores deverão retornar ao mercado antes de setembro de 2023. Se os emissores não tiverem pressa, nada impede a recuperação dos preços do papel antes disso, o que nos leva a crer que o CBIO já tenha atingido seu piso nas cotações.
No mercado físico de etanol, apesar da demanda ainda lenta, os preços permanecem firmes no spot, com o hidratado negociado ao redor de R$ 3,26/l e ofertas chegando acima de R$ 3,30/l (com ICMS na região de Ribeirão Preto). Porém a forte procura pelo etanol anidro no spot mostra que as saídas de gasolina ainda permanecem altas em detrimento do etanol.
Câmbio
Fechamento (25/jul): 5,3589 (-2,52%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,28
Resistência: 5,41
Dollar Index: 106,838 (+0,33%)
Ao fim da sessão de segunda-feira, o dólar interrompeu sua sequencia de altas frente o real, encerrando abaixo dos 5,40 pela primeira vez desde o dia 11 de julho. O fortalecimento da moeda brasileira refletiu um pregão de maior apetite por risco no mercado internacional, com sinais de recuperação do mercado imobiliário chinês e a perspectiva de um aumento de 0,75pp pelo Fed deixando investidores confortáveis para a realização de lucros ontem.
Internamente, a sessão de hoje dará foco a divulgação do IPCA-15, às 9h, com projeções indicando o avanço de 0,18% frente a junho, para um total de 11,44% no acumulado dos últimos 12 meses. A divulgação do índice deverá embasar uma perspectiva mais atual sobre a magnitude do avanço dos preços após a elevação da Selic aos 13,25%, podendo implicar um fortalecimento do real caso a inflação não mostre sinais de desaceleração e o exterior permaneça propenso ao risco.
Nos EUA, a sessão de hoje, além de contar com diversos dados ecônomicos na primeira metade da sessão, trazendo métricas atualizadas para mensurar o aumento de preços no país, também marcará o início da decisão monetária pelo Fed. A reunião da entidade, que deve durar dois dias, é aguardada com uma elevação de 0,75pp na taxa de juro por 75,1% do mercado, enquanto os outros 24,9% apostam que a entidade realizará um aumento de 1pp - caso que daria forte pressão altista ao dólar. Tais desdobramentos deverão impactar significativamente nos mercados acionários de maneira geral, bem como no mercado de divisas, definindo se agentes buscarão ativos com maior prêmio de risco ou “portos seguros” como dólar e títulos americanos.
Bolsas asiáticas encerraram a sessão com ganhos, com excessão do Índice Nikkei, no Japão. Na Europa, mercados operam em baixa, mesma direção adotada por futuros americanos na sessão de hoje. As baixas, principalmente nos EUA, refletem o humor dos investidores frente as divulgações de lucros corporativos, com grandes varejistas americanos reportando quedas em suas receitas devido ao avanço inflação no país.
Fonte: StoneX