Fechamento SBV21 (25/ago): 19,73 c/lb (+15 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,20
Resistência: 20,00
Neste momento SBV21: 19,58 (-15 pts)
Os futuros do demerara em NY tiveram nessa quarta-feira sessão de altas ao longo de toda sua curva futura, porém sem movimentos muito bruscos, respeitando o canal lateral assumido desde o início da semana.
Na Índia, o governo elevou o Preço Justo e Remunerativo (FRP na sigla em Inglês) que as usinas devem pagar aos produtores de cana em cerca de 1,8% por kg do produto para a safra 2021/22. Tal valor já havia sofrido reajuste no início da temporada corrente; Já o preço mínimo do açúcar no país não foi alterado - algo que não ocorre à 30 meses - mas está sob análise. Espera-se que os usineiros passem a pressionar mais o governo pela elevação do último, fator que poderia elevar a paridade de exportação indiana e sustentar preços no mercado internacional.
No cenário dos combustíveis, após semanas com espaço para redução dos preços tanto da gasolina quanto do Diesel por parte da Petrobras, a recente dinâmica no mercado de petróleo agora aponta para alta em ambos os combustíveis. O indicador StoneX para o etanol hidratado avançou 5 centavos e encerrou cotado à R$ 3,83/L nesta quarta-feira.
Câmbio
Fechamento (25/ago): R$ 5,2149 (-0,62%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 5,15
Resistência: R$ 5,35
Dollar Index: 92,862 (+0,03%)
O real voltou a liderar os ganhos entre as principais divisas globais nesta quarta-feira, indo ao patamar mais apreciado em relação ao dólar em duas semanas, na esteira de um mercado ávido por tomada de risco no exterior e um cenário interno relativamente mais estabilizado possibilitando correções das recentes altas.
No Brasil, além do bom humor com as declarações da véspera dos presidentes da câmara e do BCB, os agentes reagiram positivamente à alta real de 35% da arrecadação federal em julho, acumulando recorde de R$ 171,3 bilhões no período. O fato foi usado pelo ministro Paulo Guedes para reacender o debate acerca da reforma tributária, algo que deve seguir pelos próximos dias. Além disso, a aceleração inflacionária mostrada pelo IPCA-15 reforça a necessidade do reajuste contínuo na política monetária por parte do Bacen, o que melhora a perspectiva para o real.
Nos Estados Unidos, hoje se inicia o simpósio anual do Fed em Jackson Hole. O ex-presidente da instituição, Ben Bernanke, disse acreditar que a inflação americana é temporária e que o atual Chairman, Jerome Powell, não deve anunciar aumento de juros no evento. Powell discursa amanhã às 11h, neste que deverá ser o ponto alto do simpósio, e caso não dê declarações no sentido de reforçar a perspectiva de arrocho monetário no curto/médio prazo, o dólar deve vir a se enfraquecer globalmente.
Nesse sentido, hoje é importante ficar de olho logo mais às 9h30 nos dados de pedidos de seguro-desemprego, visto que a última ata do Fomc sinalizou que as indicações do mercado de trabalho que passariam a ditar os próximos passos da instituição. A maioria das bolsas asiáticas fechou em queda, movimento seguido pela Europa, indicando que uma sessão de correção global não deve ser descartada.
Com o recente movimento, a cotação do dólar deve encontrar forte suporte na região entre 5,21 e 5,22, onde há uma congestão e cruzamento de MMs de curto e médio prazos. Um eventual rompimento dessa região pode abrir espaço para uma busca pelo patamar dos 5,15.
Fonte: StoneX