Fechamento SBV22 (23/09): 18,28 c/lb (-21 pts)
Viés do dia: Altista
Suporte: 17,98
Resistência: 18,77 / 19,00
Cotação neste momento: SBV2 18,67 (+ 39 pts)
Na última sexta, a curva futura do NY#11 operou em queda, em dia marcado por forte aversão ao risco no mercado internacional, em que foram negociados 142 mil lotes na sessão. A alta dos rendimentos dos títulos públicos americanos, o DXY na máxima dos últimos 20 anos, o câmbio no Brasil avançando mais 2,7% e o petróleo caindo cerca de 5% foram fatores que pressionaram muito as negociações de açúcar, que, dentre as commodities, dolarizadas, ainda encontrou relativo suporte. A tela mar/23 recuou 36 pontos (-2%) e encerrou a sexta a 17,64 c/lb.
O relatório do CFTC, publicado sexta-feira, referente às posições dos agentes entre o dia 14/09 e 20/09 - mostrou um aumento de 35 mil contratos no saldo vendido dos fundos especulativos que ficou em 40.830 mil lotes. Já os comerciais reduziram o seu saldo vendido em 10,94%, atingindo 154.853 contratos, contrabalanceado o movimento dos specs em relação a preços. Os fundos especulativos seguem mantendo sua posição vendida desde início de julho, repercutindo preocupações globais com aumento de juros e fuga para ativos atrelados a esse indicador, num mercado que tem se preparado para iniciar um provável ciclo de superávit.
Hoje, as negociações de açúcar abrem em alta e sustentam ganhos, na contramão do sentimento de mercado que ainda opera com aversão ao risco e pressiona em alta o DXY, colocando força baixista em commodities dolarizadas, como o petróleo que recua cerca de 1% nessa manhã. Entramos hoje na última semana de negociação do contrato contínuo do açúcar bruto, e esse sobe mais de 2% na sessão, carregando, na força de um possível ajuste entre recebedores e entregadores na bolsa, toda a curva futura do açúcar, e ainda oferece suporte ao mercado do branco, que sobe 1,28% no contínuo, cotado 539,50 USD/ton.
Câmbio
Fechamento (23/set): 5,248 (+2,87%)
Viés do dia: misto
Suporte: 5,12
Resistência: 5,32
Dollar Index: 113,433 (+0,42%)
No último pregão, o dólar finalizou quase no mesmo nível da semana retrasada, mas com toda a recuperação de suas perdas ao longo da semana ocorrendo na última sexta-feira. Este movimento refletiu o cenário global de aversão ao risco, reforçado pelos dados de PMI abaixo do esperado na Zona do Euro, e o recente aumento de 0,75pp nas taxas de juros americanas, com o FED ameaçando um incremento ainda mais extraordinário na próxima reunião em dezembro, em até 1,375pp.
Quarta-feira passada o Banco Central manteve a taxa Selic em 13,75%, valor bastante alto em comparação com as taxas de juros das principais economias mundiais. Foi reiterado pela instituição que não há pretensões em aumentar os juros, mas não descartam a possibilidade caso necessário. Também, hoje às 8:30 será divulgado o dado de investimento estrangeiro direto em conjunto com o balanço de conta corrente, que podem favorecer o real caso observada um fluxo de divisas favorável a economia brasileira.
O Governo britânico divulgou na sexta-feira o maior corte de impostos em 50 anos e diversos incentivos econômicos para estimular o crescimento e subsidiar a crise energética no país, a custo de um aumento da dívida. Tal medida elevou a percepção de risco dos investidores fazendo com que a Libra atingisse o seu menor patamar histórico, em semana favorável ao dólar internacionalmente.
Na manhã de hoje mercados asiáticos fecharam em queda, enquanto futuros americanos e bolsas europeias operam sem direção definida. Ao longo da semana, os players vão acompanhar dados importantes da economia americana, como PCE, Bens duráveis e dados de confiança do consumidor, além de diversos discursos de dirigentes do FED que devem indicar o rumo da política monetária americana.
Fonte: StoneX