Fechamento SBH22 (25/out): 19,39 c/lb (+31 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,08
Resistência: 19,60
Neste momento SBH22: 19,38 (-1 pt)
Na segunda-feira, o NY#11 auferiu ganhos ao longo de toda a curva futura, com o contrato contínuo Mar'22 se aproximando do patamar de 19,40c/lb, recente suporte que havia sido rompido em meio ao maior volume de chuvas no CS e demanda menos aquecida que motivaram a liquidação de parte das posições compradas de especuladores. O retorno do mercado ao redor deste nível encontra sustentação no fortalecimento do petróleo Brent acima dos US$ 85/barril, que tem levado ao fortalecimento do etanol no Brasil.
Ontem, a Petrobras elevou o preço da gasolina A em R$ 0,2088/L para R$ 3,1922/L, o que serviu de estímulo para que as pedidas das usinas migrassem para o patamar de R$ 4,50/L no hidratado. A liquidez do mercado ainda é bastante reduzida, com negócios pontuais sendo realizados nos R$ 4,40/L (PVU em RP/SP), mas em meio ao fortalecimento do preço do petróleo e proximidade da entressafra no CS, o mercado deve seguir se apreciando nas próximas semanas. Com isso, o etanol hidratado equivalente se posiciona na marca de 19,79 c/lb, o que pode impactar a decisão de mix das usinas na safra 2022/23, sendo suporte ao açúcar.
No mais, os riscos de chuvas excessivas no hemisfério norte também devem ser monitorados de perto. Na Índia, chuvas em outubro em Uttar Pradesh e Maharashtra superam a média histórica em 193% e 40%, respectivamente, o que pode vir a prejudicar os canavias e a safra do país. Em meio a este cenário, o NY#11 tende a encontrar certo suporte na sessão de hoje, que deve ser influenciada pela divulgação do acompanhamento da UNICA referente à 1a quinzena de outubro às 10h. Ao passo que as chuvas devem ter levado a uma menor moagem na quinzena, o mercado se atentará aos dados de produtividade da cana e ao n° de unidades que estão encerrando suas atividades.
Câmbio
Fechamento (25/out): R$ 5,5568 (-1,64%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 5,49
Resistência: R$ 5,66
Dollar Index: 93,770 (-0,06%)
Na segunda-feira o real teve forte valorização ante o dólar, corrigindo a alta da última semana com a realização de lucros por parte dos agentes e expectativas de aceleração do aumento da taxa Selic. Um mercado com maior apetite ao risco também foi observado, tendo em vista a valorização de outras divisas emergentes. Ainda assim, o dólar index avançou na última sessão, com dados fracos na Europa e bons resultados no setor de tecnologia americano.
O Boletim Focus divulgado ontem elevou as projeções da inflação (8,69% para 8,96%), câmbio (5,25 para 5,45) e da Selic (8,25% para 8,75%) até o final de 2021. Nesta quarta-feira o COPOM decidirá a taxa de juros básica e, com a elevação de 0,50 p.p. na projeção da Selic, os agentes aguardam a aceleração no ritmo do aumento da taxa, com previsões de aumento de 1,25 p.p. no encontro de amanhã. Este aumento da projeção acontece logo após uma semana de forte alta do dólar e das falas do Ministro da Economia ressaltando a necessidade da ferramenta de elevação dos juros como forma de conter o dólar; com o aumento da taxa, espera-se um maior fluxo de capital estrangeiro no país, contendo a desvalorização da divisa brasileira.
Hoje, bolsas asiáticas apresentaram resultados variados; bolsas europeias e, em especial os futuros americanos, com bons resultados de ontem das empresas de tecnologia, operam no positivo. Na agenda econômica teremos o início da reunião do COPOM, que será concluída amanhã com a definição da taxa de juros; nos EUA, a divulgação do índice de confiança do consumidor pode trazer indícios sobre os gastos dos agentes.
Fonte: StoneX