Fechamento SBH22 (24/nov): 19,93 c/lb (-18 pts)
Viés do dia: Baixista
Suporte: 19,56 e 19,21
Resistência: 20,00
Neste momento SBH22: 19,55 (-37 pts)
Sem negociações no mercado de açúcar em NY ontem, destacamos a lateralidade das cotações em Londres, onde o contrato contínuo permaneceu estável, e de movimento semelhante no mercado de combustíveis, com o Brent apresentando variação de apenas -0,07%. Todavia, hoje o cenário se mostra totalmente distinto: o combustível apresenta queda de mais 5%, negociado abaixo de US$ 78/barril, enquanto o açúcar apresenta retração de -1,91% em NY.
A notícia que movimenta os mercados nesta amanhã é a descoberta de uma nova variante da Covid-19 na África da Sul, cuja transmissibilidade é bastante elevada. Ainda que restrita ao país, o fato eleva preocupações quanto à recuperação da demanda (pesando de modo significativo sobre o petróleo, considerando os eventos recentes) e eleva a aversão ao risco, afetando também o desempenho das demais commodities no dia de hoje. Ainda que a ascensão da cautela possa ser pontual, novas ondas de Covid-19 e o surgimento de novas variantes devem ser observadas enquanto a desigualdade do ritmo de vacinação entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos permanecer; diante do atraso da imunização global, a volta de restrições e lockdowns pontuais e regionais não está descartada, e momentos de aversão ao risco poderão ser observados.
Assim, os efeitos do cenário macroeconômico também serão sentidos sobre o mercado de açúcar, pelo menos nesse primeiro momento de choque de expectativas, até que maiores notícias sobre a variante sejam obtidas. A pressão baixista deve ser sentida no dia de hoje, e o nível dos 19,56 c/lb (média móvel de 100 dias da tela Mar’22) se coloca como um importante primeiro suporte; se rompido, os 19,21 c/lb é um próximo patamar a ser buscado, visto que coincide com a média móvel do contrato contínuo.
Câmbio
Fechamento (23/nov): 5,5909 (-0,11%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,50
Resistência: 5,65
Dollar Index: 96,33 (-0,46%)
Na última sessão, com baixa liquidez do dólar devido ao feriado de Ação de Graças nos EUA, o real ganhou força ante a divisa americana, fechando em R$ 5,5633. O movimento acontece em um ambiente com maior apetite ao risco no cenário interno, com resoluções a respeito do programa Auxílio Brasil, mas ainda com cautela para maiores quedas, com a divulgação dos dados de inflação.
No Brasil, a medida provisória que cria o novo programa de assistência social e substitui o Bolsa Família foi aprovada. O Auxílio Brasil agora segue ao Senado para aprovação final, mas com pouco risco de ser rejeitado, levando em consideração a aprovação unânime na Câmara dos Deputados na última sessão. Ainda assim, o risco em torno do programa permanece, influenciado pela PEC dos precatórios, com votação no Senado agendada para a próxima semana, ainda com riscos em sua aprovação.
O cenário interno também segue com riscos em torno da pressão inflacionária: ontem a divulgação do IPCA-15 apontou aceleração da inflação em 1,17% entre outubro e novembro, maior valor registrado desde novembro de 2002, alcançando a marca de 10,73% no valor acumulado, influenciado sobretudo pelas altas recentes no valor da gasolina. Deste modo, os agentes agora aguardam a estratégia do Banco Central na definição da Selic, com expectativa de maior aperto na política monetária, elevando a taxa de juros como forma de conter a desvalorização da divisa brasileira.
Nos mercados globais, o anúncio da OMS sobre uma nova variante da Covid-19 trouxe temores aos agentes. Bolsas asiáticas fecharam em queda, ao passo que bolsas europeias e futuros americanos também seguem o mesmo movimento. Nesse momento, o índice VIX (percepção de risco nos mercados), sobe +14%, refletindo a apreensão dos agentes. A Itália também anunciou que uma nova sessão de medidas restritivas será aplicada, enquanto a Alemanha aguarda mais sinais sobre a propagação do vírus.
Lembrete: Devido ao feriado de Dia de Ação de Graças nos EUA, hoje os mercados no país funcionarão até às 13:00.
Fonte: StoneX