Fechamento SBH23 (26/01): 20,68 (+57 pts)
Viés do dia: Misto/altista
Suporte: 20,55 / 20,00
Resistência: 20,90 / 21,18
Cotação neste momento (SBH3): 20,87 (+19 pts)
Em meio a rumores de que o governo da Índia poderá não liberar cotas adicionais de exportação para o açúcar da safra 22/23, o açúcar em NY operou em forte alta ao longo de todo o dia na quinta-feira. O contrato de mar/23 fez máxima em 20,85 c/lb (+74 pontos), renovando a máxima do último mês, antes de encerrar pouco abaixo desse nível. Tecnicamente, o NY teria ainda espaço para buscar as máximas do mês passado (21,18 c/lb), encontrando forte resistência nesses patamares, antes de alguma realização em busca das médias móveis mais recentes na região dos 19,80 c/lb e abaixo.
Apesar de ter vindo dentro da expectativa, o relatório da UNICA divulgado ontem também adicionou suporte ao NY. De acordo com o relatório, as 6 unidades que entraram a primeira quinzena de janeiro processaram 439K toneladas de cana no período e o mix menos açucareiro levou à produção de apenas 19K tons de açúcar, contribuindo com a visão de um trade-flow ainda apertado neste curto-prazo.
No que tange as saídas de etanol no mercado interno, os números apontam para um mês possivelmente mais fraco do que o normal, com saídas de hidratado somando apenas 425 mil m³ na primeira quinzena, podendo não chegar a 1M no mês. A dinâmica se dá devido ao adiantamento das compras pelas distribuidoras no mês de dezembro, em antecipação à volta dos impostos federais (que eram anteriormente previstos para retornar em janeiro). Ainda assim, a paridade elevada nas bombas segue oferecendo resistência à retomada do consumo neste início de ano. Ao longo das próximas semanas, contudo, é possível que o hidratado volte a ganhar competitividade, após repasse do último reajuste da Petrobras nos preços da gasolina (+R$ 0,23/l) e repasse também da queda do etanol da usina para os postos.
Fonte: StoneX