Fechamento SBK22 (26/abril): 18,99 c/lb (+ 4 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,90 e 18,82
Resistência: 19,30 e 19,42
Neste momento SBH22: 19,30 (+ 31 pts)
Ontem o açúcar apresentou estabilidade após recuo do início da semana. Hoje, o mercado do adoçante segue movimento de recuperação influenciado pelo maior apetite ao risco da sessão internacional e avanço consecutivo do Brent, desde ontem com a divulgação da liberação de crédito do banco central chinês para promover recuperação econômica ocasionada pelos lockdowns, além da recente declaração de interrupção de fornecimento de gás natural da Rússia para a Bulgária e Polônia.
A produção na União Europeia da safra atual (2021/22) apresenta expectativa de avanço de 13% frente o ciclo anterior (2021/20), com possível aumento 17,4 MMT na temporada de 2021/22. Tal nível de produtividade é influenciado pela recuperação de produtividade na França, Alemanha e Polônia. Além disso, as condições climáticas favoráveis auxiliaram o desenvolvimento das lavouras de beterraba na primavera e verão de 2021 em toda a Europa.
No mercado de combustíveis, o etanol hidratado apresentou recuo de 5,61%, precificado à R$ 4,20/L (PVU em Ribeirão Preto com impostos), valor equivalente a 20,31 c/lb nos preços do NY#11, que ainda segue como suporte para o preço do açúcar. Ontem, a ANP divulgou o valor da gasolina e etanol nas bombas no Estado de São Paulo, ambos registraram leve alta frente a semana anterior, precificadas a 6,95 e 5,31, respectivamente, configurando paridade de 76,45%. O recuo recente do preço do etanol ainda será precificado nas bombas nas próximas semanas. No atual cenário de preços, a gasolina retomou a posição de vantagem para o consumidor final.
Câmbio
Fechamento (26/abr): 4,9998 (+2,51%)
Viés do dia: misto
Suporte: 4,89
Resistência: 5,09
Dollar Index: 102,57 (+0,26%)
Na última sessão, o par USDBRL deu continuidade ao rally dos últimos dias, voltando a atingir a marca de R$5,00, mas encerrando logo abaixo deste nível. Em 3 dias, a paridade do real frente a divisa americana já acumula alta de 8%. O movimento continua sob influência da perspectiva de menor crescimento global em 2022 e reverberando os possíveis efeitos na economia com a retomada das políticas restritivas da China, contribuindo para um cenário de forte aversão aos riscos entre os agentes.
Tal movimento de menor apetite por riscos, somado a um cenário de crescente inflação global – o qual reforça as perspectivas de aumento dos juros por parte do FED – estimula a valorização da divisa americana, com dólar index alcançando o maior nível desde março de 2020, no início da pandemia. Em 20 dias, o DXY já acumulou alta de 4,6%, encerrando a última sessão em 102,4 pontos (+0,6%).
O movimento inflacionário pós-pandêmico, reforçado pelos conflitos no Leste-Europeu, tem colocado as políticas monetárias mundiais como ponto focal entre os agentes, em especial as decisões do Federal Reserve. No próximo dia 4, o FOMC se reunirá para a decisão da nova taxa de juros americana, e o mercado já aposta em um ajuste de 0,5 p.p. no encontro, maior alteração desde 2002, fator que impulsiona a recente valorização do dólar. Na mesma data (4), o COPOM se reunirá para a definição da Selic, com perspectiva de que o ciclo de altas se encerre neste encontro, após declarações do presidente do Banco Central; ainda assim, agentes apostam no aumento em 1 p.p. na taxa de juros brasileira, alcançando 12,75%.
Na sessão de hoje, agentes devem acompanhar o discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE, trazendo novas informações sobre o rumo da política monetária no bloco. No Brasil, a agenda econômica deve conter a divulgação do IPCA-15 às 09:00, trazendo um panorama sobre o avanço da inflação no mês de abril; além disso, às 14:30, ocorrerá a divulgação do fluxo cambial estrangeiro no país. Tais divulgações devem reverberar na performance do real durante o dia, sendo um ponto de atenção entre os agentes.
Fonte: StoneX