Fechamento SBN22 (26/maio): 19,54 (-14 pts) c/lb
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,33 e 19,13
Resistência: 19,80 e 19,95
Neste momento SBN22: 19,65 (+11 pts)
Ontem o mercado de açúcar encerrou em baixa após apresentar volatilidade na sessão com máxima em 19,62 c/lb e mínima em 19,27 c/lb. O movimento de valorização inicial foi sustentado pelo preço do petróleo Brent (+ 3,37%), porém, ao longo do dia o mercado devolveu o suporte inicial da sessão, pressionado pelo contexto de recuo do etanol e valorização do real. Nesse momento o mercado trabalha em alta de +16 pontos na tela julho, cotado em 19,65 c/lb.
O movimento de valorização do petróleo Brent nessa semana está relacionado com a expectativa de um mercado apertado devido ao aumento do consumo de gasolina nos Estados Unidos no verão (“driving season”) com estoques na marca da baixa histórica dos últimos 10 anos e também pela retomada da discussão dos países de possível proibição da UE ao petróleo russo. Por outro lado, o fraco dinamismo das principais economias globais tem servido de resistência, limitando a alta de preços do petróleo nesse contexto.
O preço do hidratado segue em queda, registrando variação semanal de -3,75%, e ontem negociado ao redor de R$ 3,85 (PVU Ribeirão Preto), configurando equivalência no NY em 20,27 c/lb. Além da instabilidade da Petrobras, outro fator determinante para esse recuo é a destinação do mix da safra 2022/23 para a produção de etanol aumentando a oferta do biocombustível. Apesar das movimentações no comando da Petrobras, um reajuste da gasolina, se vier à cabo, é tido como importante driver de suporte para as cotações do etanol - e do açúcar. Hoje, segundo cálculos StoneX o espaço para reajuste seria de R$ 0,1275.
Câmbio
Fechamento (26/mai): 4,7614 (-1,23%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 4,72 e 4,68
Resistência: 4,90
Dollar Index: 101,810 (-0,05%)
Impulsionado novamente por um cenário mais propenso à risco no exterior, o dólar rompeu o patamar dos R$ 4,80 e fechou no menor nível desde o último dia 20/04. Os índices acionários, tanto nos EUA quanto no Brasil, também foram favorecidos por essa onda e registraram altas superiores à 1%, com o Ibovespa rompendo a barreira dos 112 mil pontos no intraday.
Tal sentimento ainda foi, em grande parte, impulsionado pelo sentimento dos agentes de que o FED será um pouco menos hawkish que o esperado anteriormente, com a ata divulgada na última quarta-feira repercutindo no mercado ontem. O documento deu a entender que a instituição realizará mais dois aumentos de 0,5 pp na taxa de juros americana, e depois retornará a realizar os chamados aumentos “normais” (de apenas 0,25 pp por reunião), trazendo a taxa de juros real para um patamar neutro mas bem abaixo do que o mercado chegara a precificar. Essa perspectiva ainda foi reforçada pela divulgação do PIB americano do primeiro trimestre ontem, em retração de 1,5%, maior do que esperavam os analistas; a expectativa é que o FED seja cauteloso em seus movimentos para não estrangular ainda mais a maior economia do planeta.
No Brasil, o movimento ainda foi apoiado em parte pela leitura inicial da aprovação do projeto do teto do ICMS sobre combustíveis e energia em 17% pela Câmara dos Deputados. Apesar de poder impactar o teto de gastos por ser um limitante de arrecadação das UFs, os agentes viram o projeto como um limitante dos índices de preços.
Hoje, bolsas asiáticas operaram no campo positivo, repercutindo os acontecimentos de ontem na América enquanto estavam fechadas; índices europeus operam em sua maioria em altas leves, salvo algumas exceções. Hoje, o principal item da agenda econômica é a divulgação do índice de preços PCE as 9h30, indicador muito observado pelos membros do FOMC como termômetro da inflação nos EUA. Uma leitura acima das expectativas pode, ao menos em parte, trazer um movimento de reversão dos ganhos de ontem do real, ao passo que uma desaceleração do índice de preços pode estender o movimento de ontem ao longo dessa sexta-feira.
Fonte: StoneX