Fechamento SBV22 (26/09): 18,35 c/lb (+7 pts)
Viés do dia: Misto/altista
Suporte: 18,15 / 18,00
Resistência: 18,65
Cotação neste momento (SBV2): 18,57 (+22 pts)
Após fazer máxima em 18,75 no V2 e 17,93 no H3, as telas do açúcar em NY devolveram os ganhos e encerram mais próximas à estabilidade, com perdas mais expressivas nos contratos mais longos. O movimento foi majoritariamente influenciado pelo ambiente macroeconômico, após o dólar index renovar as máximas históricas e levar junto o câmbio brasileiro.
Chamamos a atenção para o comportamento do spread V-H, que atingiu os 0,88 c/lb de inversão na máxima do dia. A poucos dias da expiração, o open interest do contrato de Outubro totalizou 54,4 mil lotes no fechamento de sexta-feira, o que indica possibilidade de que a entrega seja inferior à do contrato de Out/21. Dadas as indicações de demanda fortalecida no mercado físico, com lineup nos portos brasileiros ainda nas máximas dos últimos anos, spread cada dia mais invertido e prêmios de exportação elevados, entende-se que um volume de entrega mais baixo seja reflexo da oferta ainda restrita.
No mercado físico brasileiro, destacamos a resiliência do etanol hidratado, que voltou a ser negociado na média de R$ 2,70/l (com ICMS) na região de Ribeirão Preto, após ensaiar o início de mais uma queda na semana passada. O movimento parece se dar em meio à restrição de oferta, especialmente após uma semana chuvosa, e também à redução do espaço para reajuste nos preços da gasolina pela Petrobras após a alta expressiva do dólar.
No que tange o clima no Centro-Sul brasileiro, até a semana passada, as chuvas na região se aproximaram da média de 10 anos, superando o volume registrado no mesmo mês do ano passado. Em função disso, temos observado a interrupção das atividades em diversas unidades produtoras, o que pode levar ao prolongamento da safra.
Hoje, às 11h00, a UNICA divulgará o acompanhamento da safra no CS referente à 1ª quinzena de setembro, com expectativa de moagem em torno de 42,8 MMT.
Câmbio
Fechamento (26/set): 5,379 (+2,5%)
Viés do dia: misto
Suporte: 5,28
Resistência: 5,50
Dollar Index: 113,700 (-0,28%)
Em mais um pregão de alta, o dólar acompanhou o movimento da sexta-feira passada e ultrapassou os $ 5,40. As continuas elevações de taxas juros e desaceleração das grandes economias reforçam a expectativa de uma recessão mundial, induzem os agentes a buscarem segurança na moeda americana. Também, com o início da última semana de eleições pré primeiro turno em que os resultados ainda são incertos, gerou-se uma inquietude no mercado fazendo com que o real tenha tido o pior resultado entre as principais moedas, que também se depreciaram em sua maioria.
Seguindo mais um dia com divulgações de dados que auxiliam na medição da atividade econômica americana e, consequentemente, no espaço de manobra que o FED possui para realizar apertos monetários agressivos, teremos o Núcleo de Pedidos de Bens duráveis às 9:30, Vendas de Casas Novas às 11:00, além do índice de confiança ao consumidor, no mesmo horário. Também, às 9:30 o presidente do FED fará um discurso que deve ajudar o mercado a identificar o nível de agressividade do combate à inflação.
A medida de corte de impostos e ampliação de gastos tomadas pelo Governo Britânico teve grande repercussão mundial, com alta controvérisa pelo fato de que isso pode intensificar ainda mais a inflação em um momento que se busca contê-la. Com novas incertezas quanto à economia do Reino Unido e da Zona do Euro que vem enfrentando uma grave crise energética, eleva-se percepção de risco mundial. Hoje, às 8:30 haverá um discurso da presidente do BCE europeu, que deve indicar ao mercado o rumo de sua política monetária.
Fonte: StoneX