Fechamento SBH22 (26/out): 19,66 c/lb (+14 pts)
Viés do dia: Misto/Baixista
Suporte: 19,00
Resistência: 19,98
Neste momento SBH22: 19,63 (-3 pts)
Os futuros do demerara apresentaram ganhos por toda curva futura na terça-feira, com o movimento de alta fortalecido após a divulgação do acompanhamento de safra 2021/22 pela UNICA ainda pela manhã. O relatório trouxe dados abaixo da expectativa do mercado, com moagem quinzenal de 19,7 MMT, queda de 46,8% em relação a outubro do ano passado e produção de açúcar em 1,14 MMT (-56,3% no comparativo safra a safra). Dentro deste cenário, expectativas de uma entressafra mais longa se confirmam e tendem a pressionar o trade-flow no curto prazo, considerando também potencial de atraso das operações dos demais players.
Ainda que parte destes impactos possam estar relacionados às chuvas no CS em outubro, chamou atenção principalmente a redução do mix de açúcar para 39,11%, ante à priorização da produção de etanol e, principalmente, de anidro. Com isso, mantem-se no radar a expressiva valorização do etanol, que encerrou ontem cotado à R$ 4,55/L para o hidratado (aumento diário de R$ 0,15/L), com pedidas já em 4,60 e 4,65, e a possibilidade de um mix menos açucareiro na safra seguinte caso este quadro de petróleo e etanol valorizado persista; neste patamar, a paridade do hidratado seria equivalente à 20,06 c/lb em preços de NY, o que deve manter o suporte às cotações de açúcar nas próximas sessões.
Apesar destes fatores de suporte, a sessão de hoje pode encontrar certa resistência, uma vez que o petróleo do tipo Brent recua 1% nesta manhã e commodities apresentam perdas, ainda que moderadas. Com isso, o contínuo tenta encontrar forças para se manter acima da média móvel de 20 dias em 19,67 c/lb.
Câmbio
Fechamento (26/out): R$ 5,5668 (+ 0,18%)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: R$ 5,44
Resistência: R$ 5,62 e 5,67
Dollar Index: 93,983 (+ 0,01%)
???? Na terça-feira, o dólar encerrou a sessão praticamente estável ante o real, à medida que o mercado aguarda a decisão sobre a taxa de juros pelo COPOM hoje. Ontem, dados do CAGED para setembro mostraram valor abaixo do projetado na geração de postos de trabalho; Além disso, houve divulgação do IPCA-15 de outubro, que trouxe alta de 1,20% na inflação, maior valor para o índice desde 1995.
Tais resultados já refletem na alta da taxa DI e devem refletir também no desenrolar do encontro do COPOM hoje, dada a expectativa do mercado por uma alta na Selic entre 1,50 e 2,00 p.p, que somam-se às incertezas fiscais diante da reestruturação do teto de gastos do governo. Sendo assim, é possível que um aumento inferior a 1,50 p.p. cause novo momento de estresse e leve o câmbio a testar novamente o nível dos R$ 5,70. Por isso, esperamos uma sessão de maior cautela no cenário doméstico.
Hoje, as bolsas asiáticas fecharam em sua maioria em queda, refletindo o desempenho das ações de tecnologia chinesas listadas em Hong Kong, podendo indicar sessão de maior cautela ao redor do globo. No calendário econômico, além da decisão do COPOM, hoje devemos ter a votação da PEC dos Precatórios, com possibilidade de aprovação do aumento de 2 bilhões para 5 bilhões do Fundo eleitoral e mais 16 bilhões em emendas parlamentares, deve adicionar volatilidade ao câmbio.
Fonte: StoneX