Fechamento SBH4 (26/12): 20,53 (-0,09 pts)
Viés do dia: misto
Suporte: 20,03
Resistência: 21,24
O mercado voltou do feriado prolongado em uma sessão de abertura tardia e baixo volume de negociações em NY, ao passo que a bolsa de Londres permaneceu fechada. Ainda assim a volatilidade foi grande e o contrato de Mar24 chegou a fazer mínima em 20,03 c/lb, região que representa importante suporte às cotações. Os preços se distanciaram bastante das mínimas e acabaram encerrando em leve queda, o que pode indicar esgotamento do movimento de baixa. Neste sentido, destacamos que nesta manhã os futuros do açúcar operam em lateralidade.
O destaque do dia ficou para a divulgação do relatório de acompanhamento de safra da UNICA, que registrou moagem do Centro Sul de 19 MMT na primeira quinzena de dezembro, superando as expectativas do mercado. A moagem acumulada totaliza 638 MMT e com muitas unidades ainda operando na segunda quinzena de dezembro e um clima majoritariamente seco, é muito provável que o processamento de cana da safra (até março) supere as 650 MMT.
Também chamamos a atenção para as vendas de etanol hidratado ao mercado interno, que atingiram 926 milhões de litros na quinzena (84 MI por dia útil vs. 80 MI em média no mês de novembro). A última rodada de queda do hidratado nas usinas tem chegado às bombas. Em SP a paridade média da semana passada caiu de 61,6% para 60,8%. No início do ano deveremos ter campanha em favor do etanol rodando a mídia nacional, o que tende a dar impulso adicional ao consumo, tão necessário para dar vasão aos amplos estoques.
No mercado de petróleo tivemos alta expressiva das cotações. O Brent rompeu os 80 USD/b e veio buscar seu maior patamar desde 30/nov, como reflexo dos conflitos no Mar Vermelho e do cenário macro de maior apetite ao risco, diante do aumento das apostas de ciclo de cortes de juros mais intenso nos EUA.
Apesar da alta do petróleo e dos derivados, a Petrobras anunciou ontem corte de R$ 0,30/l no diesel A, válido a partir de hoje (27/dez). Com isso, os preços ficaram alinhados ao PPI. A gasolina, que permanece inalterada, ainda teria espaço para reajuste negativo próximo a R$ 0,15/l, e parece pouco provável que haja alguma mudança antes do final de janeiro (lembrando que em fevereiro aumenta o ICMS da gasolina, ou seja, um corte na gasolina A viria a calhar para conter um aumento nas bombas).
Fonte: StoneX