Fechamento SBH22 (27/jan): 18,41 c/lb (- 8 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,35 e 18,20
Resistência: 18,55 e 18,65
Neste momento SBH22: 18,36 (- 5 pts)
Na quinta-feira, o contrato contínuo do NY#11 encerrou a sessão com leve queda. Após abrir em alta, indo à máxima de 18,53 c/lb no início do dia, o adoçante não sustentou o movimento de preços. Hoje, o mercado amanhece em leve queda, cotado à 18,36 c/lb (-5 pts).
O açúcar já acumula 5 sessões consecutivas de queda com o fechamento de ontem. O viés de baixa tem predominado enquanto os especuladores continuam reduzindo aos poucos a posição bruta comprada e também adicionando novas vendas na carteira. O lado consumidor do mercado, com compras escalonadas para baixo, têm servido como provedor de liquidez para os especuladores.
Apesar do fortalecimento do petróleo, o açúcar continua trabalhando na contramão. A perspectiva de elevação de juros nos EUA e o contexto geopolítico conturbado no Leste Europeu têm motivado o movimento de redução da exposição por parte dos especuladores. Do lado dos fundamentos, os bons resultados das safras na Índia e na Tailândia corroboram com a queda no curto prazo.
No mercado de combustíveis, o hidratado e anidro segue em queda precificado em R$ 3,75/L (PVU em Ribeirão Preto/SP) e R$ 3,80, respectivamente. O Brent segue o movimento de alta apresentado na semana, em busca da manutenção do barril à US$ 90,00.
Câmbio
Fechamento (27/jan): 5,4103 (-0,58%)
Viés do dia: misto
Suporte: 5,36
Resistência: 5,51
Dollar Index: 97,212 (-0,04%)
Após operar com forte volatilidade e atingindo o patamar dos 5,3543 na mínima intradiária, o dólar operou majoritariamente em viés baixista, apresentando perdas significativas ao final da sessão de ontem. O movimento de fortalecimento do real, contrapondo-se a diversas outras divisas ante ao dólar, veio em decorrência da expectativa quanto a manutenção da elevação de juros no país, sendo um forte atrativo para investidores estrangeiros dentre diversas outras economias emergentes. No mais, a atenuação da questão geopolítica no leste europeu e comentários do Fed a respeito da taxa de juros também fizeram parte do escopo de ontem.
Nos EUA, ainda que o dólar tenha perdido força frente ao real, a moeda americana apresentou ganhos significativos em relação a diversas outras divisas, com o DXY avançando ao maior patamar desde junho de 2020. Os ganhos embasaram-se no comentário do fed a respeito da breve elevação dos juros no país e, principalmente, na divulgação do PIB em 5,7% em 2021, o maior ritmo de crescimento desde 1984. Todo esse cenário fortalece ainda mais a perspectiva do acréscimo de juros nos próximos meses, tornando os EUA atrativo para investidores estrangeiros. Para hoje, teremos a divulgação da inflação ao consumidor (PCE) as 10h30.
No Brasil, com a divulgação do IPCA-15 referente ao mês de janeiro acima do esperado, o mercado voltou a apostar em uma nova alta de 1,5 p.p. na Selic para a próxima decisão do Copom. Essa perspectiva deve elevar a taxa básica acima dos 12% ao final de 2022, assim, motivando a entrada de capital estrangeiro no país em movimentos de carry trade, os quais buscam ganhos a partir dos diferenciais de juros. Ainda que a decisão quanto a Selic só deva ser divulgada na quarta-feira que vem, na perspectiva internacional, o Brasil tem despontado como um dos emergentes com o maior compromisso na elevação dos juros a fim de frear a inflação, também trazendo um cenário otimista as economias do país e motivando os ganhos da moeda local em um cenário de avanço do dólar globalmente. Agora as 8h o IGP-M foi divulgado em 1,82%, abaixo do esperado pelo mercado (2,01%), mas ainda em patamares elevados considerando a média histórica.
No exterior, os mercados começam a reavaliar o impacto das tensões na Ucrânia, reduzindo a aversão ao risco e, até mesmo, trazendo ganhos ao rublo russo. Entretanto, a questão na região aparenta estar longe de ser resolvida, devendo ser mantida no radar por mais algum tempo. No mais, como resultado do cenário macroeconômico global, bolsas asiáticas encerraram sem viés definido, enquanto europeias operam em baixa e futuros americanos apresentam ganhos na sessão.
Fonte: StoneX