Fechamento SBK21 (27/abr): 17,94 c/lb (+77 pts)
Viés do dia: Baixista
Suporte: 17,24
Resistência:17,69
Neste momento SBK21: 17,52 (-42 pts)
Na terça-feira, o NY#11 passou por uma abrupta apreciação, com o contrato contínuo Maio/21 registrando ganhos de impressionantes 4,5% em um único dia. Tal movimento ganhou força a partir da divulgação do 1° acompanhamento de safra do Centro-Sul pela UNICA, que evidenciou um menor potencial produtivo da região nesta tempora, conforme muito comentado pelo mercado ultimamente.
Atraso de safra, queda de mais de 30% na moagem e um ATR médio de 108,73 kg/t (-3,6% frente a 2020/21) na 1a quinzena da safra geram preocupações de que o clima seco pode trazer impactos mais negativos para a produção. No cenário macro, também encontramos suportes, com outras commodities também em alta no mês (Índide CRB, composto por uma cesta de 19 commodities, acumula ganhos de 8,2%) e dólar index em baixa de 2,5%.
A alta de 21,5% do açúcar na ICE/NY em abril, porém, chama a atenção. Por mais que o fator clima esteja por trás do tom mais construtivo, há tempo para emergir um cenário menos catastrófico para a produção brasileira, como já observamos em anos anteriores. O movimento de alta foi bastante rápido e expressivo, sendo observado um aumento da inclinação da curva invertida, com o K1-N1 tendo fechado ontem em 0,19 c/lb (+8 pts) e N1-V1 em 0,12 c/lb (+6 pts), o que pode estar relacionado a novas compras de specs em um contexto de poucos vendedores, já que a fixação do CS já supera os 78%, de acordo com nossas estimativas.
Incertezas cercam o mercado de açúcar e bastante volatilidade é esperada até a expiração de K1 na sexta. Futuros do demerara iniciam o dia de hoje corrigindo parte da alta, mas fato é que devemos ter preços bastante elevados ao longo desta safra.
Dólar
Fechamento (27/abr): R$ 5,4514 (+0,29%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 5,40
Resistência: R$ 5,52
Dollar Index: 90,843 (+0,04%)
O dólar fechou em leve alta nesta terça-feira, com o mercado mais cauteloso devido a aproximação da declaração do Fed e ao cenário político interno mais movimentado. Ainda assim, o patamar permaneceu abaixo de R$ 5,50, e o real apresentou perdas menores frente aos seus pares.
No Brasil, os estímulos foram mistos. O IPCA-15, prévia da inflação, subiu 0,60% em abril, um pouco abaixo da expectativa de 0,67%. Já notícias de mudanças no quadro do Ministério da Economia trouxeram turbulências, ainda que as declarações de retomada das reformas tenham, em parte, apaziguado o cenário. Em especial, o desenrolar da CPI da Covid no Senado foi um importante fator interno para o desempenho da moeda, uma vez que a distribuição das cadeiras se mostrou desfavorável ao governo e aumentou o potencial de desgaste político.
No exterior, os rendimentos dos Treasuries de dez anos apresentaram leve alta, ao passo que o dollar index permaneceu praticamente estável. O comportamento mais conservador é explicado pelo início da reunião de dois dias do Fed, na terça-feira, a fim de debater a política monetária. Ainda que medidas novas não sejam esperadas, as falas do presidente da instituição, Jerome Powell, principalmente sobre inflação e estímulos a economia, têm grande impacto.
Desta forma, o pronunciamento da decisão, hoje às 15h, deve guiar o movimento do mercado. Além disso, o discurso do presidente dos EUA, Joe Biden, com horário a definir, também está no radar e deve trazer mais detalhes sobre os gastos fiscais e a possibilidade de elevação de impostos sobre ganhos de capital.
Fonte: StoneX