Fechamento SBV22 (27/jul): 17,40 c/lb (-7)
Viés do dia: Altista
Suporte: 17,45 / 17,27
Resistência: 17,75 / 17,87
Neste momento SBV22: 17,52 c/lb (+12 pts)
A sessão de ontem do açúcar manteve padrão semelhante aos últimos dias, se mantendo no campo negativo. Com dificuldade para sustentar uma alta, o contrato de outubro chegou a ser negociado na mínima à 17,32, antes de encerrar os negócios do dia com queda de 7 pontos à 17,40 c/lb.
O destaque de ontem foi a divulgação do relatório quinzenal da UNICA, que veio no geral em linha com as expectativas do mercado. A Moagem de cana atingiu 46,35 MMt na 1ª quinzena de julho, contra 46,12 MMt há um ano, totalizando 233,96 MMT tons no acumulado da safra, ainda 9,5% abaixo do mesmo período de 21/22. Devido ao clima mais seco, houve melhora também no ATR, e aumento do mix produtivo em função da maior atratividade dos preços do açúcar em relação ao etanol.
Contudo, de acordo com o diretor técnico da UNICA, para que moagem supere a da safra passada, será preciso que a safra se estenda mais do que o normal – assumindo que a produtividade dos canaviais continue aumentando nas próximas quinzenas. O TCH, apesar de ter apresentado melhora em relação às últimas divulgações, ficou marginalmente abaixo da leitura de igual período da safra 21/22.
As vendas de etanol no mercado interno, que apontaram para uma leve recuperação na participação do etanol hidratado no consumo, também chamaram atenção. Cotado à R$ 3,25/l, com impostos em nosso último levantamento, a paridade do hidratado com NY já se aproxima de 16,90 c/lb. A proximidade com os preços praticados pelo açúcar sugere que o açúcar pode ter encontrado um piso no curto prazo. Para a sessão de hoje, a alta observada no petróleo, com o Brent subindo 2% nesse momento, contribui com o suporte e viés positivo para o NY.
Câmbio
Fechamento (27/jul): 5,2436 (-1,98%)
Viés do dia: misto/altista
Suporte: 5,13
Resistência: 5,38
Dollar Index: 106,578 (+0,12%)
Encerrando a sessão de ontem ao menor patamar das últimas 20 sessões, o dólar experimentou um forte movimento de vendas da moeda após o Federal Reserve por fim as especulações de uma elevação ainda mais agressiva dos juros - limitando o aumento em “apenas” 0,75pp - e adotando um tom mais dovish ao final do discurso de Jerome Powell. O destaque veio com o real apresentando o segundo melhor desempenho dentre emergentes, refletindo o menor apetite dos investidores pelos títulos soberanos Norte Americanos e levando-os à aportarem em economias com maiores diferenciais de juros, como o Brasil e sua perspectiva da Selic ao redor dos 14%.
Seguindo da decisão dos juros americanos em uma sessão propícia à ativos de maior risco, investidores devem agora monitorar novas atualizações de indicadores econômicos, visando sustentar a ideia de “pouso suave” da economia dos EUA, decorrendo da desaceleração da inflação no país. Para isso, métricas de atividade econômica, como o PIB do segundo trimestre (9h30) e Pedidos Iniciais por Seguro Desemprego (9h30), devem ser acompanhados de perto pelo mercado, bem como o discurso da Secretária do Tesouro, Janet Yellen (9h30) que deve trazer novos pareceres sobre a perspectiva futura dos EUA. Tais dados, somados aos desdobramentos recentes como a elevação dos juros, adicionam volatilidade às paridades cambiais e podem sustentar o dólar no caso de redução do apetite por risco.
A agenda internacional, apesar de relativamente vazia quando comparada às últimas sessões, deve trazer indicadores chave de uma das economias mais resilientes aos juros do mundo: o Japão. De início, teremos a Proporção de Ofertas de Emprego e o IPC, ambos às 20h30, seguindo com a Produção Industrial e Vendas no Varejo às 20h50. Tais dados devem despertar o interesse internacional visto a forte postura dovish do BoJ, indicando se a decisão pela manutenção dos juros estagnados há seis anos em -0,1% será suficiente para frear a inflação na terceira maior economia do mundo. Divulgações que fujam às expectativas do mercado podem reforçar a busca por portos-seguros, como o dólar americano, fortalecendo a moeda no cenário internacional.
Ao início da sessão de hoje, mercado asiáticos encerraram majoritariamente em alta, com agentes à espera dos indicadores econômicos japoneses. Índices europeus operam sem direção definida ao passo em que futuros americanos caem ao início da sessão. Quanto ao mercado acionário, investidores ainda aguardam resultados trimestrais de big techs e outras grandes corporações no decorrer da semana, devendo refletir o início da escalada dos juros tanto nos EUA como na Europa, visto que essas empresas tendem a se financiar recorrentemente ao invés do uso de seu capital próprio.
Fonte: StoneX