Fechamento SBV21 (28/set): 18,73 c/lb (-37 pts)
Viés do dia: Baixista
Suporte: 18,25
Resistência 18,80:
Neste momento SBV21: 18,51 (-22 pts)
Os futuros do demerara iniciaram a semana estendendo as perdas da última sexta-feira, mesmo com uma alta de 1,7% no petróleo Brent. Um movimento de fortalecimento global do dólar e intensificado contra o real, demanda enfraquecida e dados da UNICA relativamente positivos para a 1a quinzena de setembro explicam o tom baixista.
O spread Out21-Mar'22 chegou a alcançar -1,02 c/lb em determinado momento da sessão de ontem, fechando em -0,95 c/lb. O elevado carrego entre as telas somado a apenas 44 mil contratos em aberto (menor patamar em 5 anos para o período) indicam uma baixa entrega na expiração do Out'21 nesta semana, conforme comentado nas últimas chamadas. Além disso, vale destacar que apesar do relatório da UNICA trazer expectativa de moagem de 520 MMT para 21/22, caso a moagem se posicione na mínima desde 2008/09 nas próximas quinzenas, ainda teríamos uma moagem ao redor de 535 MMT, o que deve ser monitorado, já que o histórico inclui safras com morte súbita, tal como a 2011/12, sendo possível observarmos uma moagem superior a 530 MMT, dada uma menor quebra de produção em outros estados fora de SP.
O suporte técnico de 19,50 c/lb na tela Mar'22 vem sendo testado na manhã de hoje, indicando ainda um importante limite do mercado. O seu rompimento poderia levar cotações para ao redor de 19,25 c/lb.
Referente aos combustíveis, destaque para a cotações do Brent acima dos US$ 80/barril. Uma crise energética passa a ser monitorada, à medida que a produção de gás natural pode ser insuficiente para atender à demanda para aquecimento no hemisfério norte, o que levaria a um aumento do consumo de óleo combustível, ao passo que a oferta do petróleo segue mais restrita. Neste contexto, espera-se o anúncio de uma alta da gasolina pela Petrobras em breve, dado o espaço para até 25 centavos e o anúncio ontem de que a estatal vai manter sua política de preços. Com isso, a liquidez do etanol no físico poderia melhorar ao redor dos R$ 4,00/L (PVU em RP/SP).
CÂMBIO
Fechamento (27/set): R$ 5,3911 (+1,04%)
Viés do dia: Altista
Suporte: R$ 5,33
Resistência: R$ 5,50
Dollar Index: 93,665 (+0,31%)
Na segunda-feira o dólar fechou em alta pela quarta sessão consecutiva ante o real, máxima observada desde agosto, após um dia de incertezas no cenário interno e fortalecimento do dólar index no cenário global. Risco fiscal entorno da LDO e possível aprovação futura do Auxílio Brasil, receios sobre uma mudança na política de preços na Petrobras e expectativas sobre a política monetária do Fed para os próximos meses impactaram o real no último pregão.
No cenário interno, os agentes aguardam os próximos passos do Banco Central a respeito da política monetária. A divulgação da ata do Copom no dia de hoje trará indícios sobre o futuro da política no país e poderá impactar a sessão. Nos Estados Unidos, espera-se posicionamentos mais concretos sobre o início iminente do tapering pelo Fed. No dia de hoje, o discurso de Powell, presidente do Fed, pode trazer mais indícios sobre o início do movimento pela instituição, o que pode gerar alguma volatilidade durante o dia. Ademais, projeções apontam uma melhor recuperação dos EUA frente a zona do euro, o que pode fortalecer ainda mais a divisa americana nos próximos meses.
Hoje o dia amanhece em queda nas bolsas mundiais e poderá trazer suporte para sessão cambial. Nos Estados Unidos, a inflação e a possibilidade de um “shutdown” dos serviços públicos preocupam os agentes; as bolsas asiáticas sofrem queda com projeções de recuo para o PIB chinês. Na zona do euro, incertezas sobre o futuro do governo alemão ainda afetam as bolsas, dado a vitória apertada do partido social-democrata.
Fonte: StoneX