(29/03/22) StoneX: Açúcar & Etanol

Notícias do Mercado

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(29/03/22) StoneX: Açúcar & Etanol

29/03/2022

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Fechamento SBK22 (28/mar): 19,59 c/lb (-2 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,14 e 18,90
Resistência: 19,89

Neste momento SBK22: 19,53 (-6 pts)

 

Na segunda-feira, os contratos futuros do NY#11 encerraram a sessão com poucas alterações nas cotações, com ganhos mais significativos nas telas mais distantes da expiração e um leve recuo no contrato contínuo. Apesar de relativa correlação com o petróleo em 2022 (69%), os preços do açúcar não seguiram o movimento de queda do Brent na última sessão, cotado à US$ 112,48/barril (-1,44%), movimento que deu continuidade a forte queda observada no dia 27 (-5,41%), na esteira de perspectivas positivas sobre um acordo entre Rússia e Ucrânia, assim como um novo surto de Covid-19 na China. 

 

Os preços do adoçante continuam sustentados após notícias de que o governo indiano estuda restringir as exportações de açúcar buscando proteger os preços no mercado interno. A estimativa da StoneX é de que o país produza 33,2 MMT no ciclo 2021/22, fator que elevou as expectativas para um saldo global de O&D menos apertado, com 7 MMT já contratadas para exportação, e possivelmente alcançando 8 MMT até o fim do ciclo. Tais fatores apontariam para um estoque final de 6,2 MMT, volume suficiente para garantir a demanda doméstica até o fim de 2022. No entanto, frente ao conflito no Leste-europeu, o país busca conter a pressão inflacionária no país, e deve limitar as exportações no período, fator que deve sustentar o mercado do adoçante acima dos 19,00 c/lb.

 

No mercado de combustíveis, os níveis do etanol se mantêm sustentados, com o hidratado encerrando a última sessão cotado à R$ 4,10/L (PVU em RP/SP), com a paridade em 20,79 c/lb (+1,20) nos preços do NY; o anidro segue o mesmo movimento, cotado R$ 4,00/L, equivalente a 22,41 c/lb (+2,82).

 

Câmbio 

Fechamento (28/mar): 4,7649 (+0,43%)
Viés do dia: misto
Suporte: 4,69
Resistência: 4,85

Dollar Index: 99,15 (+0,37%)

 

Ao final do primeiro pregão dessa semana, o dólar mostrou considerável apreciação diante do real e descontinuou uma sequência de oito sessões consecutivas de baixas. O movimento refletiu principalmente o fortalecimento da moeda americana diante de um impasse quanto aos próximos passos do Fed, também visto com o avanço do dollar index na sessão, e do aumento da aversão ao risco internacionalmente frente ao avanço da Covid na China e o impasse no conflito no Leste Europeu.

 

Internamente, a despeito do suporte recebido pelo recente fluxo cambial a adentrar o país, novos ruídos na esfera político-econômica oriundos da demissão do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, voltaram a elevar receios quanto à uma possível interferência política na companhia buscando conter as recentes altas dos combustíveis. Além disso, perspectivas divergentes entre o Banco Central e o Fed sobre o fim de seus respectivos ciclos do aumento dos juros, sinalizando um breve encerramento no solo brasileiro e uma aceleração no americano, contribuíram com a retirada de recursos do país, com investidores buscando o carrego dos títulos de dívida americanos. Sobre a economia brasileira, ainda hoje teremos a divulgação do Índice de Evolução de Empregos do CAGED trazendo novos dados sobre a situação empregatícia brasileira e, possivelmente, influenciando o câmbio na sessão.

 

Na perspectiva global, o avanço da Covid-19 na China motivou o maior confinamento imposto pelas autoridades em Xangai desde o início da pandemia, impactando mais de 25 milhões de pessoas e contribuindo com um considerável sentimento de aversão ao risco nos mercados de modo geral. Diante disso, a fuga de capital de mercados emergentes também repercutiu no real, corroendo os ganhos da moeda local. Contrapondo-se ao menor apetite por risco, a sinalização de apoio dos formuladores de política chinesa ao mercado acionário e ao crescimento econômico é um fator de suporte para o médio prazo, devendo impactar o real à medida que a economia chinesa se reestabiliza.

 

 Hoje, bolsas asiáticas encerraram com vieses mistos ao passo em que futuros americanos e mercados europeus operam com ganhos na sessão. Tal movimento, além de refletir correções frente aos deslizes de ontem, também mostra certo otimismo do mercado quando às negociações entre Rússia e Ucrânia no dia de hoje. No mais, dados de confiança do consumidor e preço dos imóveis nos EUA também são aguardados para a sessão.

 

Fonte: StoneX

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