Fechamento SBV22 (28/06): 18,50 c/lb (+ 24 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,20
Resistência: 18,72
Neste momento SBV22: 18,39 (- 11 pts)
O açúcar NY voltou a se fortalecer no pregão de ontem após 4 sessões seguidas de queda. O adoçante abriu o pregão já com gap de alta de 19 pts no N2 e gap de 10 pts no V2 com o mercado digerindo a alta no petróleo e na expectativa dos dados de safra da UNICA.
Com números abaixo da expectativa do mercado, o relatório de acompanhamento de safra da UNICA referente a 1ª quinzena de junho trouxe suporte às cotações de açúcar que chegou a bater máximas semanal de 18,63 c/lb logo após a publicação do relatório. O destaque do relatório veio na persistência de menor rendimento acumulado (TCH) agora em 74,8 t/ha (-1,58% inferior à safra passada) e retração no ATR acumulado de 4,76% registrando agora 124,49 kg/t refletindo as condições climáticas adversas da região. A expectativa do diretor técnico da UNICA de uma possível redução de mais de 3 kg/t no ATR médio da safra ampliou os receios do mercado e serviu de gatilho de alta.
Os fundos specs que já vinham demonstrando redução em suas liquidações de posições compradas, parecem ter virado a mão com os dados da safra brasileira juntamente com as altas do petróleo. Ainda assim, os fundamentos do açúcar no curto prazo continuam pesando mais e criando resistência de altas maiores. A Índia voltou ao noticiário considerando autorizar volume adicional de exportação de açúcar bruto estocado e já nos portos, mesmo após ter colocado teto de 10 mmt de exportação no mês passado.
No mercado físico, o etanol hidratado voltou a recuar novamente, agora registrando negócios a R$ 3,50 base RP/SP com ICMS em meio a perda da competitividade com a redução do ICMS da gasolina. Os Cbios romperam a marca dos R$ 200,00 e adiciona suporte na paridade no etanol com o NY agora estimado em 1,27 c/lb, devendo segurar quedas maiores no curto prazo.
Câmbio
Fechamento (28/jun): 5,2695 (+0,60%)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 5,19 e 5,15
Resistência: 5,30 e 5,36
Dollar Index: 104,245 (-0,02%)
Em nova sessão de força global da divisa americana como refúgio por segurança, com os principais índices americanos registrando quedas na casa dos 2%, o dólar voltou a avançar frente ao real nesta terça-feira, apesar de chegar a romper o suporte dos 5,20 logo no início da sessão, mas rapidamente invertendo sinais.
Nos Estados Unidos, tal movimento se deu principalmente por dados decepcionantes, com o índice de confiança do consumidor caindo para 98,7, menor nível desde fevereiro de 2021. O fato reacende o sinal vermelho sobre os temores de estagflação (cenário que soma recessão - ou pelo menos, não crescimento - à inflação elevada) na maior economia do planeta. Hoje no país teremos a divulgação de nova leitura do PIB do primeiro trimestre, e ainda mais importante, o índice de inflação PCE, dados que devem ajudar a ditar os próximos passos do FED; além disso, membros da instituição devem discursar hoje e chacoalhar o mercado, inclusive o presidente Jerome Powell, às 10:00h.
Para acelerar o movimento, no cenário interno tivemos temores fiscais renovados com comentários do Presidente Jair Bolsonaro a respeito de uma possível expansão do auxílio Brasil para R$ 600,00, além de ampliação do Vale Gás e criação de um “voucher caminhoneiro”. A proposta vem em um momento delicado em que os agentes ainda digerem as mudanças na arrecadação causadas pelas mudanças na tributação dos combustíveis, e devem seguir impondo volatilidade no mercado cambial nas próximas sessões.
Hoje, bolsas asiáticas operaram em queda, seguindo o resultado de seu aftermarket dos índices americanos, movimento que é seguido no momento pelos índices europeus, que indicam sessão de cautela apesar da abertura praticamente estável do DXY.
Fonte: StoneX