(29/07/22) StoneX: Açúcar & Etanol

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(29/07/22) StoneX: Açúcar & Etanol

29/07/2022

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Fechamento SBV22 (28/jul): 17,72 c/lb (+32)
Viés do dia: Misto/Alta
Suporte: 17,45 / 17,27
Resistência: 18,00 / 18,36

Neste momento SBV22: 17,75 c/lb (+3 pts)

 

Após 7 sessões seguidas de queda, o açúcar demerara voltou a se fortalecer no pregão de ontem, recuperando parte da queda de 11,5% que passou desde o dia 18-Jul. Já o açúcar refinado passou por alta ainda mais expressiva, com ganhos de 4,3%, puxando forte o prêmio do branco V-V para níveis acima de $141,00/t e atrativos para o refino. Uma sessão com aumento no volume de negócios e com influência de vários fatores, com destaque o cenário macro.

 

A pressão baixista passada pelo dólar contribuiu bastante para a queda das cotações do açúcar em reais, reduzindo o apetite dos produtores brasileiros no avanço de fixações e induziu o NY a um fortalecimento tanto por compra do comercial, aproveitando níveis mínimos de 12 meses, quanto de remontagem de compra dos especuladores após estarem já sendo vistos com posições liquidamente vendidas. 

 

A recuperação da cotação do petróleo também trouxe suporte ao demerara. Com quatro pregões consecutivos de alta, o petróleo Brent já acumula mais de 6% de recuperação com contratos futuros voltando a negociar acima dos $100/b. A perspectiva de manutenção de produção da OPEP+ em setembro a ser definida no próximo encontro do grupo na próxima semana, continua a dar suporte ao petróleo. Este cenário estará no radar do mercado quanto à correlação com o NY, podendo limitar quedas mais acentuadas e/ou adicionando suporte.

 

Já no Brasil, se por um lado o cenário de clima muito seco adiciona preocupação com a safra brasileira e, consequentemente, colocando em xeque a capacidade de recuperação da safra; a perda de competitividade do etanol na bomba reduz a expectativa de mix tão alcooleiro com prevista meses atrás. Ontem a Petrobras voltou a ajustar preços na refinaria, agora com redução de R$ 0,15 na gasolina com vigência a partir de hoje. Este cenário tenderá a segurar altas mais expressivas do NY no curto prazo.

 

Agora pela manhã, o NY segue se fortalecendo, refletindo as quedas mais acentuadas do câmbio de ontem após o fechamento do pregão do açúcar e seguindo o petróleo que já se aproxima de $104/b no Out-22 em alta de 1,8%.

 

Câmbio 

Fechamento (28/jul): 5,1838 (-1,14%)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 5,16 e 5,10
Resistência: 5,24 e 5,35

Dollar Index: 105,805 (-0,41%)

 

Nesta quinta-feira, o dólar engatou a quarta queda consecutiva frente o real, posicionando-se no menor patamar em um mês. O dia refletiu principalmente a digestão do mercado de uma alta de 0,75pp de juros por parte do FED na véspera, além de dados decepcionantes vindos da maior economia do mundo.

 

Nos EUA, a leitura do PIB do segundo trimestre veio muito aquém do esperado pelos economistas. Entre Abril e Junho, a economia americana retraiu 0,9% (frente expectativa de alta de 0,5%), o segundo trimestre consecutivo de queda: um quadro de recessão. Enquanto alguns analistas - em especial a equipe econômica do governo americano - tentam justificar que, de acordo com manuais macroeconômicos, uma recessão oficial envolve uma figura mais ampla e analisa mais indicadores além do produto, os agentes depositaram suas fichas contra a divisa americana ontem. Isso provocou um selloff de dólares, derrubando seu valor internacional versus diversos pares, inclusive o real.

 

Tecnicamente, a quarta sessão consecutiva de queda afasta cada vez mais as cotações do dólar de um canal primário de alta que já perdurava desde o final de Maio. Nesta quinta-feira, um importante suporte foi rompido: a Média Móvel de 200 dias, que ontem posicionava-se logo abaixo de R$ 5,24. O dólar operava abaixo desta MM desde o final de Janeiro, quando a rompeu para cima na virada de Junho para Julho e essa passou a ser o novo piso do mercado; agora, após 19 pregões, a marca é novamente rompida, desta vez para baixo. Este fato, somado ao RSI de 9 dias aproximando-se da banda de sobrevenda (em seu nível mais baixo desde 31/05), pode indicar esgotamento de tendência no curto prazo.

 

Hoje, bolsas asiáticas fecharam sem um viés definido, mesmo desempenho que é seguido pelas europeias nessa manhã; O Dollar Index abre em nova queda. Na agenda, expectativas principalmente sobre a taxa de desemprego do Brasil, a ser divulgada às 9h, e aos indicadores do índice de preços PCE às 9:30, métrica importante para ajudar a definir a magnitude do próximo ajuste de juros do FED.

 

Fonte: StoneX

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