Fechamento SBV22 (26/08): 18,47 c/lb (+ 57pts)
Viés do dia: Misto/Baixista
Suporte: 18,27 e 18,13
Resistência: 18,64 e 18,87
Na última sexta-feira o contrato contínuo do açúcar rompeu firme a resistência dos 18,20 e testou a máxima de 18,49, com fechamento muito próximo a ela, num rally em que foram negociados 141 mil contratos. A alta foi vista em toda curva futura, porém com mais ímpeto em telas mais próximas, demonstrando ainda a resiliência de mercado com os fundamentos de curto prazo, com prêmios fortalecidos e demanda internacional aquecida, que suportaram o provável movimento de short covering dos fundos especulativos.
O relatório do CFTC referente às posições dos agentes na última terça (23) - mostrou um aumento de 2.498 contratos no saldo vendido dos fundos especulativos que ficou em 28,2 mil lotes (+9,69%). Após a data contemplada pelo relatório, o mercado operou em alta (+58 pontos), o que deve ter trazido uma diminuição do saldo vendido dos especuladores. Já os comerciais tiveram uma redução de 2.699 lotes no seu saldo vendido atingindo 155.288 contratos (-1,71%).
Devido ao feriado bancário no Reino Unido, hoje não será negociado o contrato LON#05 de açúcar branco e o contrato do açúcar bruto em NY terá late open, abrindo hoje às 08:30 (horário de Brasília). No ambiente macroeconômico, o cenário é misto/baixista para o açúcar, o que pode contribuir para tentativa de correção de preços, com liquidez limitada sem operações do branco. O mercado acionário indica hoje aversão ao risco ainda repercutindo fala de Powell na sexta-feira, porém petróleo ainda opera com leve alta suportado pela crise energética na Europa e potencial fonte alternativa ao gás, à medida que o inverno se aproxima. De toda forma hoje também toma força no mercado a expectativa da possível readmissão total do Irã no mercado global de petróleo, oferecendo resistências para preços.
Câmbio
Fechamento (26/ago): 5,0640 (-0,89%)
Viés do dia: Misto/altista
Suporte: 5,01
Resistência: 5,15
Dollar Index: 109,061 (+0,24%)
Na sexta-feira, o dólar encerrou cotado no menor patamar das últimas duas semanas, em sentido contrário ao Dollar Index, resultando no recuo semanal de 1,73% frente ao real. O real teve o melhor desempenho global entre as principais moedas na sessão, com o forte fluxo cambial estrangeiro decorrendo do diferencial de juros elevado e a perspectiva de manutenção das exportações agrícolas brasileiras. A volatilidade nos mercados de divisas foi provocada pelo discurso de Powell no Simpósio de Jackson Hole, no qual o presidente do Fed reafirmou seu compromisso com a manutenção dos juros elevados por mais algum tempo, contrariando expectativas do mercado e levando ao fortalecimento do Dollar Index.
Na sequência do encerramento do simpósio no sábado, mercados globais indicaram um movimento significativamente baixista, com a aversão ao risco voltando a crescer dentre investidores e pressionando índices acionários pelo globo. Hoje, o discurso de Brainard, membro do FOMC, às 15h15, provavelmente reforçará o pronunciamento de Powell na sexta-feira, possivelmente contribuindo com mais uma sessão de fortalecimento do dólar internacionalmente.
No Brasil, a agenda praticamente vazia contará apenas com a divulgação do Boletim Focus, às 8h30, e com o índice de Evolução de Emprego do CAGED, com horário ainda à definir. Apesar da agenda vazia, a volatilidade do real pode refletir o resultado da sabatina dos presidenciáveis e do debate entre candidatos durante o final de semana.
No geral, o contexto pode manter investidores consideravelmente cautelosos, contribuindo com possível fortalecimento do dólar hoje, espcialmente considerando o movimento dos mercados no exterior: bolsas europeias e índices futuros americanos operam no vermelho, mesma direção de fechamento dos mercados asiáticos nessa segunda-feira. O pessimismo internacional ainda é reflexo do pronunciamento de Powell em Jackson Hole, o que tem levado o mercado a precificar mais uma alta extraordinária nos juros americanos na próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto (FOMC), desestimulando ativos de maiores riscos.
Fonte: StoneX