Fechamento SBV21 (28/set): 18,98 c/lb (+25 pts)
Fechamento SBH22 (28/set): 19,84 c/lb (+16 pts)
Viés do dia: Misto/Baixista
Suporte: 18,70
Resistência: 19,20
Neste momento SBV1: 18,98 (unch)
Neste momento SBH2: 19,76 (-8 pts)
A curva futura do NY#11 apresentou comportamento misto nesta terça, encerrando com ganhos nas telas de mais próximas – a despeito da desvalorização do real e enfraquecimento do petróleo – e perdas nos contratos de 2023. O contrato mais ativo, Mar’22, testou o suporte de 19,50 c/lb, mas sem força retomou o viés de alta, denotando certa recuperação do mercado após as perdas recentes. Hoje, o mercado parece responder às perdas generalizadas das commodities na véspera e amanhece em queda.
Restando duas sessões para sua expiração, a alta mais acentuada do Out’21 convergiu no fortalecimento do spread V1-H2, que encerrou à -0,86 c/lb (+9 pts), ainda assim abaixo da média histórica. Por sua vez, o número de contratos em aberto da tela se reduziu em pouco mais de 28 mil lotes, agora em 20.952 contratos, praticamente 1/3 do que foi registrado há um ano atrás para Out’20. Assim, é reforçada a noção de que a entrega deve ser menos volumosa, tendo como origem o México, Argentina e Brasil.
No mercado de combustíveis, o destaque foi o reajuste de R$ 0,25/L no preço do diesel pela Petrobras, alta de 8,89% válida a partir de hoje, fortalecendo expectativas de que o preço da gasolina também seja reajustado em breve. Ainda, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anunciou que o Congresso discutirá um projeto para determinar um valor fixo para o ICMS a fim de reduzir os preços dos combustíveis, em linha com o defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, declaração importante a ser monitorada. Ainda assim, governadores afirmam que a alíquota não foi elevada nos últimos 12 meses.
Câmbio
Fechamento (28/set): R$ 5,4300 (+0,72%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 5,35
Resistência: R$ 5,48
Dollar Index: (%)
O dólar encerrou a terça-feira em alta ante o real, atingindo o maior patamar em quase cinco meses. O movimento se deu na esteira de maior aversão ao risco no exterior e resistente preocupações no cenário doméstico, com perdas generalizadas nos mercados acionários globais e queda de 3% do Ibovespa, o que continuar a fornecer suporte ao câmbio. Neste quadro, o dólar pode vir a buscar os 5,48 como próxima resistência.
O cenário global respondeu a confluência de alguns fatores: discussões ao redor da possível elevação do teto da dívida americana a fim de evitar um default; índice de confiança do consumidor abaixo das expectativas em setembro (e em seu pior patamar desde março); temores quanto à inflação americana levando os treasuries de 10 anos para as máximas em 3 meses; e preocupações quanto aos cortes de energia na China e seus desdobramentos sobre a atividade econômica. Os temores foram tais que o índice de volatilidade VIX saltou 23,53% e conduziram a valorização da divisa americana.
No Brasil, os preços dos combustíveis seguiram sob os holofotes e críticas do presidente da Câmara, Arthur Lira, à política de preços da Petrobras reacenderam temores de intervencionismo do governo na estatal. Ainda, discussões ao redor da prorrogação do Auxílio Emergencial até abril/2022 via aprovação de crédito extraordinário exacerbam a percepção de risco fiscal, vista como tentativa de viabilizar um programa assistencial mesmo sem resolução ao redor dos precatórios e reforma do IR.
Hoje, bolsas asiáticas fecharam no negativo, ao passo que as europeias e americanas amanhecem com leve recuperação após a véspera de perdas, o que pode indicar certo arrefecimento da aversão ao risco; o dollar index avança levemente. Na agenda, o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, às 12:45h, e de membros do FOMC, serão monitorados.
Fonte: StoneX