Fechamento SBH22 (26/nov): 19,35 c/lb (-58 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,21 e 19,00
Resistência: 19,56 e 19,76
Neste momento SBH22: 19,52 (+17 pts)
A sexta-feira foi de grande aversão ao risco nos mercados internacionais, diante das preocupações com a nova variante descoberta na África do Sul, devido a sua grande capacidade de transmissão, maior risco de reinfecção e mutações que podem colocar em cheque a eficácia das vacinas já desenvolvidas. O pânico gerado afetou de maneira expressiva o desempenho das commodities, e o índice CRB (que mede a variação de uma cesta de commodities) recuou 4,89%. O destaque foi a queda de 11,55% do petróleo do tipo Brent em um único dia, atingindo patamares não vistos desde setembro e encerrando a US$ 72,72/barril.
No mercado de açúcar, a tendência de selloff não foi diferente, ainda que as perdas tenham sido menores: em Londres a queda foi de 1,92% e em NY de 2,91%. O contínuo do demerara rompeu o suporte de 19,56 c/lb (média móvel de 100 dias), para testar o patamar ao redor de 19,21 c/lb, mas sem conseguir rompê-lo. Hoje, preços amanhecem em leve alta, na esteira da recuperação das commodities, e o nível de 19,56 c/lb se coloca agora como importante patamar de resistência.
Com a dinâmica recente do mercado de petróleo, abriu-se espaço para reajuste negativo de 14 centavos no preço da gasolina A pela Petrobras; ainda que o primeiro choque possa ser pontual, caso o Brent não retome o patamar dos US$80/barril, este é um importante diferencial a ser acompanhado, visto que pode levar ao arrefecimento mais acelerado dos preços do etanol hidratado. Nas bombas, a paridade foi de 82% para 81,3% na semana passada, com o recuo dos preços do biocombustível. No mercado spot, após o rápido arrefecimento, o indicador StoneX para o hidratado parece encontrar suporte ao redor de R$ 4,20/L, o que equivale a 18,46 c/lb em preços de NY.
Câmbio
Fechamento (26/nov): 5,6029 (+0,71%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,50
Resistência: 5,64 e 5,70
Dollar Index: 96,17 (+0,09%)
Na sexta-feira, o real perdeu força ante o dólar, influenciado sobretudo pelo cenário de aversão ao risco causado pela descoberta da nova variante Ômicron, o que reacendeu temores de novas medidas restritivas ao redor do mundo. No Brasil, contudo, apesar da valorização da divisa americana, o real apresentou a maior resistência dentre as moedas emergentes, dadas as perspectivas de elevação da taxa Selic pelo Banco Central, atraindo capital estrangeiro e desestimulando posições especulativas.
Nesta semana, o foco no cenário interno será a votação da PEC dos precatórios, agendada para amanhã (30), e que caso aprovada, deve trazer maior alívio para os investidores no que tange o cenário fiscal brasileiro. Além disso, na sessão de hoje, serão divulgados dados da inflação do IGP-M e o índice de evolução do emprego, fatores que podem trazer certa volatilidade durante o dia.
Nos EUA, o dia será marcado por posicionamentos de membros do Fed, o que poderá trazer mais informações sobre a estratégia da instituição no aperto monetário e na redução dos estímulos, fatores que podem ser altistas para o dólar caso a aceleração das medidas sejam anunciadas.
Bolsas asiáticas fecharam em queda, com preocupações sobre a variante Ômicron, enquanto as bolsas europeias e futuros americanos amanhecem em alta, corrigindo as quedas da sexta-feira - movimento que deve ser visto também nos mercados emergentes hoje.
Com a identificação da entrada da variante em países como Alemanha, Itália, Reino Unido, Austrália e Hong Kong, o mercado agora deve avaliar os riscos de uma nova onda global. Novas atualizações sobre o risco da variante devem permanecer no radar dos agentes ao longo da semana.
Fonte: StoneX