(30/03) StoneX: Açúcar & Etanol

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(30/03) StoneX: Açúcar & Etanol

30/03/2021

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Fechamento SBK21 (29/mar):  14,92 c/lb (-27 pts)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 14,60 
Resistência:15,18
Neste momento SBK21: 14,94 (+2 pts)

 

Ontem, os futuros do demerara permaneceram no movimento mais baixista e fecharam com perdas decrescentes ao longo da curva futura. Importante destacar que o contrato Maio/21 rompeu importante suporte de longo-prazo em 15 c/lb, fechando abaixo da média móvel de 100 dias (15,02), no menor nível desde janeiro. Caso as cotações consolidem-se abaixo deste patamar nos próximos dias, é possível que o NY#11 reverta a trajetória de alta primária iniciada em abr/20, buscando um patamar mais próximo de 14 c/lb.

 

No campo dos fundamentos, vale destacar a dinâmica produtiva na Europa, onde ganhos de produtividade com uma menor disseminação do vírus amarelo sobre as lavouras de beterraba não devem ser suficiente para tornar o continente autossuficiente de adoçante no próximo ciclo, já que espera-se uma queda da área platada em diversos países, destacando-se Reino Unido (-13% a -15% para 90 mil hectares) e França (-6% para 400 mil hectares), já que outras culturas apresentam-se mais lucrativas, sendo fator de suporte às cotações do NY#11, que pode sofrer uma correção na sessão de hoje.

 

No mercado de etanol, chamamos a atenção para as negociações na B3, que tiveram leve alta ontem, enquanto as pedidas das usinas no físico parecem ter encontrado suporte em 2,80 - 2,70, após a queda livre das últimas semanas. Indicador StoneX fechou em R$ 2,83/L para o hidratado em RP/SP. Por trás disso, está o movimento da paridade nos postos, que caiu para 72,6% na última semana. Além disso, nos atuais níveis de gasolina A e etanol, a paridade tem potencial para chegar a 66,6%.

 

Dólar

 Fechamento (29/mar): R$ 5,7829 (+0,46%) 
 Viés do dia: Misto/Baixista 
 Suporte: 5,64 
 Resistência: 5,85 

Dollar Index: 93,179 (+0,25%)

 

Na segunda-feira, o dólar voltou a operar em alta, atingindo a máxima diária de R$5,806. Tal movimento se deve às perspectivas ruins para o quadro fiscal do país, que piorou por conta da aprovação de um orçamento  irrealizável pelo congresso: ampliou-se os gastos com obras públicas de emendas parlamentares, dado a proximidade das eleições em 2022, sem qualquer contra-partida. Para "fechar a conta", subestimou-se despesas obrigatórias, que segundo cálculos da IFI, levaria ao descumprimento do teto de gastos em R$ 32 bi em 2021. 

 

Agora, o mercado aguarda uma nova votação no Congresso para corrigir os problemas do orçamento ou que Bolsonaro vete o texto para evitar crime de responsabilidade. Certo é que o dólar não deve  arrefecer de forma expressiva até que algum direcionamento para o caso seja dado. 

 

Enquanto isso, o presidente da República parace se movimentar para aumentar o apoio de partidos do centrão e do próprio Congresso como um todo ao seu governo, já que ontem ele trocou 6 ministros, inclusive o ministro de relações exteriores Ernesto Araújo, que foi o centro de um embate com senadores recentemente. A medida mostra um governo enfraquecido, mas pode contibuir para maior harmonia entre os poderes, já que nomes mais moderados foram escolhidos, podendo levar a uma queda do dólar, apesar de limitada.

 

Fonte: StoneX

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