Fechamento SBK22 (29/mar): 19,11 c/lb (- 48 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,05 e 18,95
Resistência: 19,25 e 19,35
Neste momento SBK22: 19,26 (+ 15 pts)
Os preços do açúcar na terça-feira encerram em queda. A força inicial no preço do açúcar, com máxima de 19,60 c/lb perdeu sua sustentação, seguindo movimento de recuo no Brent (-1,25%). Nesta manhã, o mercado busca recuperação das perdas na semana, com possibilidade de continuação da alta apresentada até o momento, impulsionada pela leve recuperação do Brent (0,73%).
Segundo nossas estimativas, a contratação de açúcar para exportação pelas usinas do Centro-Sul apresenta avanço, com 76,4% da produção da próxima safra fixada na ICE/NY. Diante disso, acreditamos ser provável que o mix açucareiro se mantenha ao redor de 45% e a produção de açúcar pelo cinturão canavieiro alcance 34,5 milhões de toneladas em 2022/23.
No Centro-Sul, até o dia 27/03, foram registrados 138 mm de precipitação com projeção de mais 6,5 mm até o fim de março, acumulando 144,5 mm, ultrapassando em 15,04% a média dos últimos 10 anos. O nível de chuvas registrado foi um pouco abaixo da previsão apresentando resultado positivo para início da moagem. A previsão para a primeira quinzena de abril é marcada por 58,17 mm, sinalizando 80% da incidência de chuvas da média histórica do mês.
No mercado de combustíveis, o hidratado apresentou alta semanal de 3,8%, precificado em R$ 4,10/L (PVU em Ribeirão Preto/SP), com equivalência no NY#11 de 20,81 c/lb. Em paralelo, o anidro apresentou avanço de 7,89%, precificado em R$ 4,10 (PVU em Ribeirão Preto/SP), com equivalência no NY#11 de 22,97 c/lb. O biocombustível opera com um prêmio de 9,6% sobre o demerara, configurando um ambiente favorável à destilação do álcool e traz suporte para o mercado de açúcar.
Câmbio
Fechamento (29/mar): 4,7579 (-0,15%)
Viés do dia: misto
Suporte: 4,69
Resistência: 4,85
Dollar Index: 98,04 (-0,37%)
Na terça-feira, o real voltou a apresentar ganhos ante a divisa americana, com o câmbio operando nas duas bandas, oscilando entre perdas e ganhos, registrando a máxima de R$ 4,78 e mínima de R$ 4,71. Perspectivas positivas a respeito de uma possível solução no conflito do Leste-europeu promoveram maior apetite por riscos entre os agentes, o que levou a divisa americana a retrair -0,7% frente a outras moedas fortes; no entanto, apesar do movimento de desvalorização do dólar, o real não pôde absorver fortes ganhos frente ao seu par, com a moeda brasileira sofrendo os impactos decorrente da desvalorização generalizada das commodities na sessão, com o índice CRB recuando 1,52%.
Na perspectiva internacional, as negociações entre Rússia e Ucrânia em Instambul trouxeram perspectivas positivas na última sessão. O governo russo apontou para a redução dos ataques militares em torno de Kyiv, ao passo que o estado ucraniano garantiu um status de neutralidade, não se juntando a outras alianças militares. Tal fator motivou a queda de diversas commodities, reduzindo preocupações sobre um possível choque de oferta decorrente do conflito, com o Brent recuando 2% na última sessão, cotado a US$ 110,23/barril.
Hoje, mercados asiáticos encerraram a sessão majoritariamente em alta. No entanto, bolsas europeias e futuros americanos iniciam o dia em queda, com agentes repercutindo temores sobre a garantia de redução dos ataques russos. As movimentações dos recursos militares russos se afastando de Kyiv não reduziram os temores, uma vez que diversas tropas estão se posicionando em outros pontos do território ucraniano; o secretário de imprensa do Pentágono alertou também que os movimentos não são congruentes com uma possível retirada das tropas. Tais fatores devem aumentar a percepção de riscos sobre o mercado, o que pode fortalecer o real durante a sessão caso os preços das commodities voltem a subir.
Na agenda econômica, hoje foi divulgado o IGP-M, apontando para uma aceleração nos preços acima da expectativa em março (1,74% ante 1,37% esperado. Nos EUA, às 10:00, será divulgado o PIB (Q4), com expectativa de um amento de 7,1% no período.
Fonte: StoneX