Fechamento SBV21 (27/ago): 20,04 c/lb (+ 36 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,50
Resistência: 20,20
O NY#11 encerrou a semana com altas por toda sua curva futura, em meio ao fortalecimento do apetite por risco nos mercados internacionais.
O cenário macro ajudou a impulsionar a alta em NY ao mesmo tempo que a recente divulgação de novas estimativas por parte da Organização Internacional de Açúcar (ISO) também corroboram com a perspectiva de que, apesar de correções pontuais, o viés de alta deve se manter. O órgão elevou a sua projeção de déficit de 2,6 MMT para 3,8 MMT para a temporada global de 2021/22, que se iniciará em outubro, tendo em vista expectativas de redução significativa da produção brasileira.
Nesse sentido o clima continua sendo fator determinante para definição dos preços em NY. Apesar das chuvas em algumas regiões no final de semana, a cana-de-açúcar precisará de precipitações em linha com a normalidade para apresentar recuperação.
As estimativas de médio e longo prazo sinalizam possibilidade de La Niña fraco, ou seja com pouco desvio para baixo de chuvas no CS do Brasil, entretanto, a previsão de curto prazo sinaliza poucas precipitações nas próximas semanas, o que pode manter o mercado fortalecido devido à incerteza climática.
No mais, observamos o avanço dos preços de combustíveis ao consumidor final pela 5ª semana consecutiva, enquanto a paridade etanol/gasolina avançou para 76,6% em SP (vs 75,8% uma semana antes). Vale mencionar que o petróleo Brent voltou a se valorizar, eliminando o espaço para reajustes negativos da Petrobras que poderiam conter a alta do etanol hidratado. O fortalecimento dos derivados do petróleo deve prosseguir neste início de semana, tendo em vista que o avanço do Furacão Ida compromete operações no Golfo do México; com isso, o etanol deve se manter sustentado. O indicador StoneX para o hidratado PVU encerrou a semana em R$ 3,84/L (com impostos).
Devido ao feriado bancário no Reino Unido, não ocorrerão negociações em Londres. Em NY, a sessão se iniciará às 08:30h (horário de Brasília).
Câmbio
Fechamento (27/ago): R$ 5,2046 (-1,00%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 5,15
Resistência: R$ 5,30
Dollar Index: 92,707 (+0,01%)
Após as falas do presidente do Fed, Jerome Powell, serem lidas majoritariamente como baixistas pelos mercados, o dólar cedeu ante o real e marcou o maior recuo semanal desde o início de maio (-3,5%).
Para esta semana, espera-se uma agenda agitada: no Brasil, além do seguimento das votações no congresso e dos embates políticos entre os poderes, haverá divulgação de importantes dados econômicos. Amanhã (31) a Pnad de junho deverá trazer dados consolidados de emprego no país; na quarta (01) teremos o PIB do segundo trimestre do país e na sexta (03) o IGP-M que já deverá refletir alta de produtos agrícolas por conta da crise hídrica.
Já nos EUA, Powell deixou claro que teme que uma retirada de estímulos antes da hora exata para combater uma inflação “transitória” acabe prejudicando o mercado de trabalho. Para isso será importante acompanhar de perto os dados do Payroll que serão divulgados na próxima sexta-feira (03).
A região dos 5,20 deve seguir como um suporte importante, com congestionamento de médias móveis de curto, médio e longo prazos nesse patamar; um eventual rompimento deste suporte deve levar a cotação do dólar a buscar um próximo suporte mais perto dos 5,15. Hoje, bolsas globais operam sem um sentido claro e o dollar index abre praticamente estável.
Fonte: StoneX