Fechamento SBV21 (29/set): 18,94 c/lb (-4 pts)
Fechamento SBH22 (29/set): 19,72 c/lb (-12)
Viés do dia: Misto
Suporte: 18,70
Resistência: 19,20
Neste momento SBV1: 18,87 (-7 pts)
Neste momento SBH2: 19,68 (-4 pts)
Em sessão de aversão global ao risco, com o dólar ganhando força ante pares de economias desenvolvidas, as telas mais próximas do NY#11 auferiram quedas nesta quarta-feira, movimento observado também ao longo de toda a curva do #5 e em boa parte dos futuros do petróleo e derivados. O dia foi marcado também pela baixa liquidez que chamou atenção durante a penúltima sessão de negociação da tela de Out/21 (SBV1).
Esse contrato viu nova diminuição acentuada no seu Open Interest - queda de 10.153 lotes, ficando à 10.779. A tela de Outubro no ano passado, que teve entrega recorde de 2,6 MMT, tinha OI de 54.115 lotes restando um dia para sua expiração.
O movimento denota uma menor capacidade de entrega física do tradicional maior player desta tela, o CS brasileiro, além de uma demanda ainda fria que deve aguardar fatos novos para se posicionar no médio prazo.
Hoje o mercado amanhece relativamente lateral, com os agentes esperando a sessão cambial brasileira e seus impactos na entrega, além de manter um olho nos números preliminares mais tarde para calibrarem suas expectativas quanto à dinâmica de OeD para o longo ciclo que se inicia com a tela de Mar/22 (SBH2) sendo a mais ativa.
Câmbio
Fechamento (29/set): R$ 5,4146 (-0,28%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 5,39
Resistência: R$ 5,49
Dolar Index: 94.356 (+0,02%)
Na quarta-feira, o real mostrou grande resiliência ante o dólar ao longo da sessão, principalmente quando comparado a outras moedas emergentes, em um dia de forte avanço do dólar index impulsionado pelo discurso do presidente do Fed, com mais indícios para o início do tapering. O cenário interno favoreceu a resistência da divisa brasileira, que encerrou em leve alta; ainda assim o dólar já acumula um avanço de 5% ante o real no mês de setembro.
No Brasil, alguns fatores convergiram para a resistência da divisa brasileira: o leilão extra de swaps cambiais, lançando 14 mil contratos no mercado (cerca de US$ 700 milhões); a redução de posições vendidas de dólares futuros de fundos locais; o superávit primário de R$ 16,729 bilhões, acima das projeções esperadas; queda de 0,64% da inflação (IGP-M) e a geração de 372.265 vagas novas de emprego em agosto segundo o Caged. Ainda assim, a PEC dos precatórios e rumores sobre a extensão do auxílio emergencial até o próximo ano ainda preocupa os agentes para um possível risco fiscal no país.
Nos Estados Unidos, a fala de Powell, presidente do Fed, indicou que a pressão inflacionária no país é transitória e que a economia já quase apresenta os fatores necessários para o início do tapering. No entanto, hoje é a data limite para a aprovação do teto da dívida americana e, caso não seja aprovada, o risco de “shutdown” é eminente. O entrave se dá devido ao embate entre democratas e repúblicanos no Senado; a ala republicana vê como risco a aprovação do pacote de US$ 3.5 trilhões. Deste modo, o dia de hoje pode trazer grande volatilidade ao mercado internacional caso a medida não seja aprovada, com risco do congelamento das atividades e serviços públicos até a aprovação do orçamento.
Hoje, a europa observa o avanço das principais bolsas no continente e os mercados asiático fecharam em leve alta. Nos EUA, vale a atenção para o comportamento dos treasuries, que já acumulam altas significativas desde terça; na agenda econômica, a divulgação do PIB (Q3) americano e dos pedidos iniciais por seguro desemprego podem impactar o dólar durante o dia.
Fonte: StoneX