Fechamento SBH22 (29/nov): 19,19 c/lb (-16 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,00 / 18,70
Resistência: 19,57
Neste momento SBH22: 19,09 (-10 pts)
O mercado de açúcar iniciou em alta na segunda-feira em busca da correção dos preços em queda, entretanto, não foi capaz de se sustentar, testando as mínimas da semana anterior. Diante disso, o mercado fechou em queda impactado pelo cenário de cautela dos mercados, diante do surgimento da variante Ômicron da Covid-19 e o risco da retomada das medidas restritivas ao redor do globo. Os valores em Londres mantiveram o cenário com queda de 3,70% e em NY de 0,16%. Hoje, o mercado estende as quedas com continuado pessimismo e aversão ao risco com a nova variante. O petróleo Brent cai mais de 3,5% nessa manhã e o contínuo do NY#11 já fez mínima em 19,04 c/lb na abertura.
Em relação às condições climáticas, o volume acumulado de novembro até o momento é 128 mm de 155 mm projetado e as perspectivas de chuvas são de retomada do volume do próximo semestre em relação ao mesmo período ano passado, porém, com diversas incertezas, como o grau de intensidade da La Niña que, de acordo com projeções do IRI ENSO Forecast, deve ser fraco e alguns estados com perspectiva de queda no volume de chuvas, como Minas Gerais.
Ontem, negócios nas usinas acentuaram a queda, mas não encontraram liquidez no mercado, com o hidratado saindo ao redor de R$ 4,20/L (PVU em RP/SP), e o anidro com o valor de R$ 4,50 /L. Nesta quinta-feira, adiada à pedida da Arábia Saudita em vista da situação do Covid-19, teremos a Reunião Ministerial da OPEP em que os países membros irão decidir o futuro nível de produção do petróleo local e devem impactar os valores das commodities.
Hoje, às 09:30, o Departamento de Inteligência de Mercado da StoneX irá publicar as estimativas para as próximas safras no Centro-Sul e balanço global.
Câmbio
Fechamento (29/Nov): 5,6081 (+0,09%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,50
Resistência: 5,64 e 5,70
Dollar Index: 95,717 (-0,19%)
Na segunda-feira, a sessão terminou próximo à estabilidade, com a divisa americana apreciando moderadamente. Durante o dia, a taxa de câmbio chegou a alcançar a máxima de R$ 5,63 com notícias sobre a estratégia do governo caso a PEC dos precatórios não seja aprovada, mas voltou a estabilidade com o ambiente internacional corrigindo o cenário de forte aversão ao risco visto na sexta-feira com o anúncio da variante Omicron.
Durante a última sessão, o dia foi marcado por rumores sobre o governo estudar um “orçamento de guerra” caso a PEC dos precatórios não seja aprovada, estratégia utilizada no auxílio emergencial durante a pandemia, e que excede o teto de gastos, gerando preocupações aos agentes sobre as contas públicas. A PEC no momento aguarda aprovação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a qual deve ser apreciada ainda hoje; a votação no Senado para aprovação final está agenda para quinta-feira (2). Deste modo, agentes aguardam resoluções e, caso a PEC não seja aprovada, o fator deve ser baixista ao real.
Nos EUA, ontem a fala de Jerome Powell trouxe preocupação com o avanço da variante Omicron. Segundo o presidente do FED, a disseminação da variante representa “riscos ao emprego e incertezas elevadas para a inflação”. Deste modo, o mercado agora deve continuar atento ao avanço da cepa, com a possibilidade da reavaliação do FED a respeito das medidas de aceleração do aperto monetário na política econômica nos EUA. Hoje, Powell presta seu depoimento trimestral ao Congresso, o que pode trazer novas informações e impacto durante a sessão.
As preocupações com a variante Omicron afetam todos os mercados esta manhã, com forte queda nos futuros americanos e bolsas europeias. O presidente da farmacêutica Moderna declarou que as vacinas já desenvolvidas podem ser menos eficazes contra a variante; ainda assim, os casos registrados apresentam sintomas leves. Sendo assim, a variante se coloca como centro das atenções para as próximas sessões, trazendo forte instabilidade aos mercados.
Fonte: StoneX