Fechamento SBH4 (29/11): 26,86 (-13 pts)
Viés do dia: misto
Suporte: 26,60 / 26,40
Resistência: 27,00 / 27,37
Cotação neste momento (SBH4): 26,63 (-23 pts)
O contrato Mar/24 operou em um intervalo relativamente curto de preço ontem, testando mais uma vez o suporte na região dos 26,80. Após alguns dias de tentativa de estabelecer um rumo mais claro, o rompimento desse nível hoje pela manhã pode desencadear um selloff maior no mercado e sinalizar uma possível mudança de rumo nesses próximos dias, podendo vir a testar níveis ainda mais baixos agora, como 26,40 e eventualmente 26,00.
A StoneX divulgou ontem as estimativas atualizadas para a safra global e do Centro-Sul brasileiro. Em função da elevada produtividade dos canaviais da região e de condições climáticas mais favoráveis especialmente na primeira quinzena de novembro, estimamos que a moagem do Centro-Sul para o ciclo 23/24 (abr-mar) totalize 642,6 MMT. Já para a próxima safra, estimamos processamento de 628,8 MMT de cana. O volume menor reflete um canavial não tão produtivo quanto o que temos visto na safra atual (que vem batendo recordes, inclusive). É claro que essa premissa vai depender principalmente das chuvas de verão desta entressafra, as quais devemos acompanhar de perto nos próximos meses.
O que podemos afirmar com um pouco mais de certeza é que o mix de produção de açúcar deve ser ainda maior do que o do ciclo atual. Ao passo que projetamos um mix de 49% na média da safra 23/24, o aumento na capacidade de produção de açúcar esperado para o próximo ciclo deve levar o mix para 51,4% em 24/25, resultando na produção de 43,2 MMT de açúcar.
No que tange o saldo global de açúcar, é possível afirmar que o Centro-Sul brasileiro vem carregando nas costas a responsabilidade de suprir a oferta mundial, mantendo um balanço superavitário (1,3 MMT) no ciclo que se encerrou em outubro e garantindo também um superávit de 0,2 MMT no ciclo 23/24, mesmo em meio à quebra expressiva de safra esperada tanto na Índia (30 MMT, wv), como na Tailândia (8,6 MMT, rv).
Inclusive, muito vinha se falando sobre o possível gargalo de oferta que poderia ser visto no primeiro trimestre do ano que vem, dada a quebra dos gigantes do hemisfério norte em plena entressafra brasileira. Contudo, dada a safra recorde deste ano no Centro-Sul, que deve se estender para além do normal e se iniciar antecipadamente no ano que vem também, é possível que, se o clima contribuir, as exportações brasileiras atinjam recordes na entressafra e sejam suficientes para suprir a demanda global nos primeiros meses do ano.
Fonte: Notícias Agrícolas