Fechamento SBH23 (30/01): 21,21 c/lb (+25 pontos / +1,19%)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 21,00 / 20,86
Resistência: 21,49 / 21,73
Cotação neste momento (SBH3): 21,55 c/lb (+34 pts / +1,6%)
A segunda-feira foi marcada por mais um forte rally nos preços do açúcar em NY, que renovou as máximas novamente, chegando a 21,33 c/lb.
O movimento refletiu as incertezas que ainda rondam a safra indiana, após notícia da Reuters que reforça a possibilidade de que Maharashtra encerre o processamento de cana cerca de 60 dias mais cedo que no ano passado, devido aos impactos causados pelas chuvas em excesso. De acordo com reportagem divulgada hoje no jornal indiano Economic Times, em nota, a ISMA revisou sua estimativa oficial para a safra do país, de 36,5 MMT na estimativa anterior, para 34 MMT, o que fortalece o suporte do mercado nesta manhã.
O fechamento acima da máxima mais recente pode reforçar o ímpeto altista e levar o mercado mais para cima neste curto-prazo. Contudo, vale manter em mente que as notícias vindas da Índia já vem sendo precificadas há algum tempo e, do lado técnico, o mercado já se distancia em mais de 100 pontos das médias móveis recentes e o Índice de Força Relativa (RSI) de 14 dias já se encontra acima dos 70 (nível que indica um mercado possivelmente sobrecomprado), o que pode antecipar um movimento de realização em breve.
Além disso, chamamos a atenção para o comportamento dos spreads nos últimos dias. Enquanto o contrato contínuo subiu mais de 100 pontos em apenas 3 sessões, o spread H3-K3 teve o segundo dia seguido de queda ontem, com volume expressivo de negociação (37,6K lotes). Com a proximidade da expiração da tela H23, esse movimento pode ter continuidade nas próximas semanas, especialmente após início do período de rolagem dos fundos index.
Na contramão das notícias da Índia, a safra na Tailândia segue a todo vapor. Até 29 de janeiro, o país produziu 5,26 MMT de açúcar (+9,1% acima do mesmo período no ano passado).
No mercado físico de etanol, os preços seguem recebendo suporte após reajuste da Petrobras na semana passada. Apesar da pouca liquidez, negócios de hidratado foram ouvidos na média de R$ 3,08/l (c/ ICMS) na região de Ribeirão Preto/SP. E nas bombas, a paridade voltou a cair nos principais polos consumidores, vindo de 76,7% para 75,6% em SP. Após repasse total da alta da gasolina, estimamos que a paridade possa vir abaixo de 74%.
Fonte: StoneX