Fechamento SBK22 (30/mar): 19,47 c/lb (+36 pts)
Viés do dia: Misto
Suporte: 19,05 e 18,95
Resistência: 19,50 e 19,60
Neste momento SBK22: 19,37 (-10 pts)
Na quarta-feira, os preços do NY#11 apresentaram ganhos ao longo de toda curva futura, com o contrato contínuo atingindo a máxima de 19,59 c/lb. O movimento se deu na esteira do desenvolvimento do conflito entre Rússia e Ucrânia, que levou o petróleo bruto a registrar um novo dia de alta, encerrando a sessão cotado em US$ 113,45 (+2,92%), assim como diversas commodities, com o índice CRB registrando aumento de 2,25%. Hoje, o Brent amanhece em forte queda, cotado a US$ 101,31 (-6,04%), movimento influenciado pela perspectiva de que os EUA poderão liberar até 1 milhão de barris por dia durante 6 meses de suas reservas estratégicas, fator que deve limitar avanços mais firmes tanto no preço do petróleo, quanto no do açúcar durante a sessão de hoje.
Na Índia, cerca de 7,5 MMT já foram contratadas para exportação, e algumas casas já apontam que o país deve alcançar uma exportação recorde, podendo registrar 9 MMT no ciclo 2021/22, em um cenário de uma produção em 34 MMT. No entanto, no ciclo 2022/23, a expectativa é de que a ampliação da produção do etanol deve limitar o ritmo das exportações indianas, com a projeção de que o país direcione até 6 MMT de açúcar para fora do país. Tais fatores tendem a oferecer suporte para o NY#11 no longo prazo, somado ainda à expectativa de que o governo indiano poderá limitar o nível das exportações, possibilitando um cenário mais dependente do mix brasileiro.
As previsões meteorológicas para as chuvas de monções esse ano apontam para um clima dentro da normalidade, segundo o Departamento de Meteorologia da Índia (IMD). As chuvas, dentro da normalidade, devem garantir o potencial produtivo indiano na safra 2022/23. Para a Tailândia, o dado também é positivo, com estimativas iniciais apontando para uma recuperação anual de 11% na produção do país, com a expectativa de produção entre 11 e 12 MMT.
Câmbio
Fechamento (30/mar): 4,7716 (+ 0,29%)
Viés do dia: Misto/Altista
Suporte: 4,72 e 4,67
Resistência: 4,82 e 4,95
Dollar Index: 98,1710 (+ 0,39%)
A taxa de câmbio apresentou leve alta ontem, impulsionada pela continuidade dos ataques russos nas cidades de Kiyv e Chernihiv mesmo após encontro na Turquia, em que a Rússia se comprometeu com a redução das atividades militares na região, o que instaurou menor apetite de riscos pelos investidores.
Outro fator que contribui com maior cautela entre os investidores foi a divulgação preliminar do Índice de Preços ao Consumidor na Alemanha com maior alta nos últimos 20 anos, registrando avanço de 7,3% no acumulado de 12 meses, configurando aumento de 1 p.p. em relação às expectativas dos analistas. Tal resultado foi reflexo do aumento de preços internacionais de commodities, principalmente petróleo e gás natural, desde o início da guerra no Leste Europeu. Diante disso, a expectativa é que o Banco Central Europeu altere sua abordagem em relação à taxa de juros caso a aceleração de preços continue.
No Brasil, a divulgação do IGP-M do mês de março registrou alta de 1,74%, aumento de 0,45 p.p. acima das expectativas, fator que oferece resistência à alta do dólar uma vez que reforça as expectativas com relação ao aumento da taxa de juros Selic.
Hoje, às 09:00, será divulgada a taxa de desemprego no Brasil, com previsão de aumento, podendo ficar entre 11,3% e 11,4%. Além disso, às 09:30, teremos a divulgação da inflação de fevereiro nos EUA, que influenciará nas próximas medidas do Federal Reserve. No mesmo horário, será comunicado o pedido inicial de seguro desemprego com projeção de aumento semanal de 5,34%, de 187 mil para 197 mil.
Fonte: StoneX