Fechamento SBN21 (28/maio): 17,36 c/lb (+24 pts)
Lembramos que bolsas estarão fechadas nesta segunda-feira em NY e Londres
Na sexta-feira o NY#11 apresentou altas nas telas mais próximas, com o contrato contínuo (SBN1) atingindo a máxima de 17,69 c/lb ainda pela manhã, ao passo que a curva após Jul/22 encerrou em queda, precificando um aperto maior do trade-flow para esse ciclo e um maior alívio para o próximo. A redução de safra no Centro-Sul é crucial para a performance e, apesar das precipitações terem melhorado no final de maio, o cenário pode se tornar mais crítico nos próximos meses: o governo confirmou um alerta de emergência hídrica de junho a setembro para Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, o primeiro do tipo em 111 anos.
O relatório do CFTC, que trouxe as posições dos agentes até a última terça-feira (25), apontou que o saldo comprado dos especuladores recuou 16.031 lotes (-6,88%), para 216.943 contratos. Todavia, considerando o avanço das cotações em NY na quinta e sexta-feira, é possível que o movimento de compra dos specs tenha sido retomado. Por sua vez, agentes comerciais reduziram seu saldo vendido em 24.504 lotes, para 441.732 contratos (-5,26%).
No mercado de combustíveis, observou-se um recuo marginal da paridade do etanol com a gasolina nas bombas do Estado de São Paulo, agora em 77,1% (ante 77,7% na semana passada), resultado do recuo de preços que o hidratado sofreu nas últimas duas semanas. Porém, a partir de quarta passada, preços começaram a se fortalecer, e o indicador StoneX para hidratado base RP/SP fechou à R$ 3,55/L sexta-feira, aumento de 2,9% na semana. Com a demanda aquecida, evidenciado pelo último relatório da UNICA, e projeção de queda da oferta de hidratado no Centro-Sul, é possível que os preços sigam sustentados, fornecendo um importante suporte para os preços do açúcar, uma vez que a paridade do hidratado com o NY encontra-se em 16,47 c/lb.
Dólar
Fechamento (28/maio): R$ 5,2148 (-0,77%)
Viés do dia: Misto
Suporte: R$ 5,17
Resistência: R$ 5,30
Dollar Index: 90,043 (+0,06%)
O dólar engatou mais uma sessão de queda nesta sexta-feira, indo ao menor patamar desde meados de janeiro. Um maior apetite ao risco e uma fraqueza global da divisa americana somaram-se a um cenário local mais morno, o que resultou numa queda semanal de 2,63% - que mais que anulou os 2,44% que a moeda tinha avançado ante o real nas duas semanas anteriores. Com o movimento, o dólar reduziu a alta acumulada anual à 0,45%.
Lembramos que hoje é feriado nos Estados Unidos, o que fechará bolsas por lá, podendo deixar as negociações no mercado cambial mais mornas. Na próxima quinta (03), será a vez da B3 fechar por conta do feriado de Corpus Christi. No Brasil, vale ficar de olho amanhã no congresso para uma sessão que pode resolver os impasses envolvendo o Orçamento de 2021.
Na agenda econômica, destacamos também o dado do PIB Brasileiro do primeiro trimestre na terça (01) e o IPC-Fipe de maio na quarta (02), que poderão calibrar as expectativas dos policymakers de crescimento econômico e pressão inflacionária; no exterior teremos falas de membros do FOMC na terça (01) e quarta (02), além da taxa de Desemprego de maio dos EUA na sexta (04).
Fonte: StoneX