Os contratos futuros do açúcar fecharam a terça-feira (18) em baixa nas bolsas internacionais, pressionados, segundo analistas ouvidos pela Reuters, pela perspectiva de alta na produção indiana, o segundo maior exportador da commodity do mundo, e o dólar americano mais forte.
Segundo os analistas, a produção de açúcar na Índia deve subir 2%, para 36,5 milhões de toneladas na nova safra que começou em 1º de outubro, "e o país está a caminho de ter excesso de oferta para exportar cerca de 9 milhões de toneladas", trouxe a Reuters.
Com isso, as perspectivas para as cotações futuras da commodity estão baixistas. Contrabalanceando a queda, estão a redução da produção no Brasil, o principal player mundial e a nova demanda spot dos principais compradores China e Indonésia, ainda segundo a agência internacional de notícias.
Nova York
Em Nova York, na ICE Futures, a terça-feira foi de baixa em todos os lotes do açúcar bruto. A tela março/23 fechou em baixa de 10 pontos, negociada a 18,67 centavos de dólar por libra-peso. Já a tela maio/23 recuou, também, 10 pontos, com negócios em 17,78 cts/lb. Os demais contratos caíram entre 6 e 8 pontos.
Londres
Em Londres, na ICE Futures Europe, o dia também foi marcado por desvalorização em todos os lotes do açúcar branco. O vencimento dezembro/22 recuou 9,70 dólares, negociado a US$ 547,30 a tonelada. Já a tela março/23 foi contratada ontem a US$ 510,90 a tonelada, recuo de 2 dólares no comparativo com os preços de segunda-feira. Os demais contratos recuaram entre 1,50 e 1,90 dólar.
Mercado doméstico
No mercado interno a terça-feira foi de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada ontem a R$ 127,11 contra R$ 127,22 da véspera, recuo de 0,09% no comparativo.
Etanol hidratado
Após oito dias seguidos em alta as cotações do etanol hidratado medidas pelo Indicador Diário Paulínia voltaram a cair ontem. O biocombustível foi negociado pelas usinas nesta terça-feira a R$ 2.801,00 o m³, contra R$ 2.835,00 o m³ praticado na segunda-feira, desvalorização de 1,20% no comparativo.
Fonte: Rogerio Mian/ Agência UDOP de Notícias