Açúcar: ICE segue de olho na Índia, safra brasileira e fundos

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Açúcar: ICE segue de olho na Índia, safra brasileira e fundos

05/02/2021

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O mercado do açúcar demerara encerra a semana com foco no posicionamento de fundos, no clima no Brasil, nos problemas logísticos da Índia e em fatores macroeconômicos, como dólar e petróleo. No curto prazo, a atenção está nos problemas da Índia, que busca vender altos volumes antes do início da safra no Centro-Sul do Brasil, porém esbarra em problemas logísticos. O país deve produzir uma safra volumosa, porém, nos atuais preços, mesmo com o subsídio às exportações, o açúcar indiano é menos competitivo do que o brasileiro.


No Brasil, a expectativa é de chuva para a região Sudeste, segundo a Somar Meteorologia. No sábado e no domingo, são esperadas chuvas intensas em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Em São Paulo, já se espera tempo mais firme em algumas áreas a partir de domingo - o Estado, porém, deve voltar a sofrer com chuvas entre 10 e 15 de fevereiro. Um bom volume de precipitações pode ajudar a cana-de-açúcar da próxima safra, que começa a ser colhida em abril. No final da temporada atual, a seca na região chegou a preocupar o mercado.


Hoje, após o fechamento do mercado, a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês) publica o posicionamento de fundos e especuladores em NY até 2 de fevereiro. O relatório mais recente da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês) mostrou que em 26 de janeiro esses agentes tinham saldo comprado de 219,8 mil lotes. A nota desta sexta-feira pode mostrar um aumento ainda maior nesse posicionamento, já que entre os dias 26 de janeiro e 2 de fevereiro o contrato março, o mais líquido, ganhou 55 pontos em NY, ou 3,49%.
Ontem, esse contrato, terminou em alta de 1 ponto (0,06%), a 16,05 cents por libra-peso em Nova York, terminando próximo da estabilidade.

 
O cenário macroeconômico foi misto - o petróleo trabalhou em alta durante boa parte da sessão, o que impulsiona o adoçante pois pode tornar o mix sucroenergético no Brasil menos açucareiro. Por outro lado, o dólar se valorizou ante o real, o que estimula exportações de usinas brasileiras.
No mercado paulista, o indicador do açúcar Esalq à vista fechou a R$ 107,58/saca (-0,77%). Em dólar, o preço ficou em US$ 19,72/saca (-2,47%).


 


Fonte: Broadcast Agro

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