As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quinta-feira (11) com altas de mais de 2% nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte dos ganhos expressivos do petróleo no cenário internacional, além de recuperação do real brasileiro.
O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York saltou 2,51%, cotado a US$ 16,36 c/lb, com máxima de 16,41 c/lb e mínima de 16,00 c/lb. O branco em Londres finalizou a sessão com ganhos de 2,32%, a US$ 463,10 a tonelada.
"Os preços do petróleo estão subindo acima de 2% hoje, o que beneficia os preços do etanol e incentiva as usinas de açúcar do Brasil a desviarem mais a moagem da cana para a produção de etanol em vez da produção de açúcar", disse em nota de mercado a Barchart.
Além disso, o dólar caía 2% sobre o real nesta sessão, o que desestimula a venda de exportação dos produtores de açúcar do Brasil. Por volta das 15h30 (horário de Brasília), os petróleos WTI e Brent avançavam mais de 2%, a US$ 65 e US$ 69 o barril, respectivamente.
Paralelamente, ainda há repercussão com a estimativa de produção de açúcar no Brasil na safra 2021/22, que começa oficialmente a partir de abril, apontada pela consultoria Datagro em 36,70 milhões de t, com uma queda anual de 4,7%.
A produção de etanol foi estimada em 29,40 bilhões de litros, um recuo de 4,1% sobre 2020/21. A consultoria prevê uma quebra de 3,5% na safra de cana-de-açúcar do Brasil, totalizando 586 milhões de toneladas.
Para a safra global 2021/22, a Datagro aponta a tendência de um leve superávit de cerca de 1 milhão de t.
Mercado interno
O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, fechou com queda de 1,88%, a R$ 106,33 a saca de 50 kg na quarta-feira (11).
Fonte: Notícias Agrícolas