Os contratos futuros de açúcar bruto negociados na ICE atingiram uma nova alta de seis anos nesta terça-feira, 28, antes de seu vencimento. O movimento acontece porque a oferta no curto prazo continua a diminuir, embora os comerciantes esperem que a situação melhore daqui para frente.
O contrato de açúcar bruto com vencimento em março, que venceu ontem, fechou em baixa de 0,01 centavo de dólar, indo a 22,08 centavos de dólar por libra-peso, tendo atingido 22,36 centavos antes, na maior alta desde novembro de 2016.
Já o contrato para maio teve queda de 0,22 centavos de dólar, ou 1,1%, para 22,07 centavos de dólar por libra-peso.
Embora o mercado aponte para uma oferta apertada no curto prazo, a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil pode aumentar em 13%, para 38 milhões de toneladas na temporada 2023/24, segundo o diretor da Datagro, Guilherme Nastari, em palestra na Dubai Sugar Conference.
Por sua vez, a produtora brasileira Raízen espera que 48% da cana-de-açúcar produzida na região Centro-Sul seja usada para produzir açúcar em 2023/24. Este valor ficou ligeiramente acima da mediana de 46% vista em pesquisa da Reuters divulgada no início deste mês.
Na França, por sua vez, a área de cultivo de beterraba sacarina deve cair para o menor nível em 14 anos. Apesar dos altos preços, os agricultores foram dissuadidos por possíveis danos às safras causados pelas restrições a pesticidas.
O contrato de açúcar branco com vencimento em maio caiu US$ 8,90, ou 1,6%, para US$ 562,40 por tonelada.
A Al Khaleej Sugar, de Dubai, está operando com 40% da capacidade por causa do “dumping” da Índia, disse o diretor-gerente da empresa, Jamal al-Ghurair.
Fonte: NovaCana