Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE atingiram nesta terça-feira o menor nível desde dezembro, engatando a quinta sessão consecutiva de perdas, pressionados pelo sentimento de aversão ao risco nos mercados financeiros e pela melhoria nas ofertas em curto prazo.
O contrato maio do açúcar bruto fechou em queda de 0,1 centavo de dólar, ou 0,6%, a 15,43 centavos de dólar por libra-peso, depois de atingir uma mínima de 15,05 centavos.
Operadores disseram que uma combinação de demanda física limitada e oferta adequada –graças às exportações indianas – está colocando o açúcar sob pressão, assim como o “sell off” generalizado em outros ativos de risco.
O prêmio para o contrato maio sobre o julho é o menor desde setembro, indicando melhora na disponibilidade de açúcar no curto prazo.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), vinculado à Universidade de São Paulo, disse que os preços do etanol no Brasil tiveram forte queda nos últimos dias, devido às medidas de restrição impostas em meio à pandemia. Preços mais baixos do biocombustível tendem a levar as usinas a produzir mais açúcar.
Há, porém, riscos para os embarques da próxima safra brasileira de açúcar, em função de expectativas de congestionamentos nos portos do país.
O açúcar branco para maio recuou 8,90 dólares, ou 2,0%, para 440,50 dólares a tonelada, após tocar o menor nível desde o início de janeiro, a 432,40 dólares.
Fonte: NovaCana