Os futuros do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (27) com queda moderada a expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado sentiu pressão pela manhã de um movimento de realização de lucros, além de seguir o petróleo e dados da Unica.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 0,89% no dia, cotado a 22,19 cents/lb, com máxima em 22,39 cents/lb e mínima de 21,76 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato do adoçante recuou 1,19%, negociado a US$ 645,60 a tonelada.
O mercado do açúcar perdeu forças na sessão desta quarta, após dois avanços consecutivos, diante de um movimento natural de realização de lucros nas bolsas, além de acompanhar a queda leve do petróleo com fortalecimento do dólar e fraca demanda por gasolina norte-americana.
A alta do petróleo impacta diretamente na decisão de produção das usinas do Centro-Sul.
No fim da manhã, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) anunciou que a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na primeira quinzena de março foi de mais de 64 mil toneladas, um aumento de 313% em relação ao mesmo período do ano passado.
No acumulado desde 1º de abril de 2023, a fabricação do adoçante totaliza 42,24 milhões de toneladas, contra 33,58 milhões de toneladas do ciclo anterior (+25,8%).
"Nos primeiros 15 dias de março, 24 unidades deram início à safra 2024/2025. Ao término da quinzena, estão em operação 40 unidades produtoras na região Centro-Sul, sendo 28 unidades com processamento de cana, nove empresas que fabricam etanol a partir do milho e três usinas flex. No mesmo período, na safra 22/23, operaram 23 unidades produtoras", disse a Unica.
Os preços do açúcar registravam alta nos últimos dias acompanhando essencialmente preocupações com a oferta. A Coligação Americana do Açúcar quer que o governo reduza a quantidade de açúcar que o México pode enviar para os Estados Unidos em 44%, o que pode aumentar os preços.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar permanecem firmes no mercado spot paulista em meio restrição de oferta neste final da entressafra 2023/24. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 145,02 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,40%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 168,38 - estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 24,37 c/lb e salto de 1,92%.
Fonte: Notícias Agrícolas