As cotações futuras do açúcar encerraram esta quarta-feira (12) com perdas de mais de 1% nas bolsas de Nova York e Londres, após avançar mais de 3% na véspera. O mercado sentiu pressão com realização de lucros e não sustentou os US$ 18 c/lb no terminal norte-americano.
O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York registrou no dia desvalorização de 1,44%, cotado a US$ 17,84 c/lb, com máxima de 18,25 c/lb e mínima de 17,78 c/lb. Já o tipo branco em Londres registrou perdas de 1,81%, negociado a US$ 471,80 a tonelada.
Após valorização expressiva, com máximas de mais de dois meses na última sessão diante de preocupações envolvendo a safra brasileira 2021/22 de cana-de-açúcar, o mercado já iniciou a sessão desta quarta com perdas em realização de lucros, mas chegou a ter leves ganhos pela tarde.
"Os preços do açúcar estão moderadamente mais baixos à medida que consolidam a alta desta semana", destacou em nota a Barchart.
Apesar da queda, segue a atenção do mercado ao Brasil e, principalmente, os impactos da safra do maior produtor de cana na oferta global da commodity em um momento em que a demanda dá sinais mais claros de recuperação ainda em meio à pandemia da Covid-19.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe sua atualização quinzenal nesta quarta com queda na moagem de cana-de-açúcar no comparativo anual, além de queda na produção de açúcar e etanol. Mas, com vendas mais altas do biocombustível em abril.
O Rabobank informou no dia que espera que os contratos julho e outubro sejam negociados entre 15,5-18,5 c/lb acompanhando os preços crescentes do etanol no mercado brasileiro, que tendem a fazer com que as usinas desviem a cana para o biocombustível.
"Como a maior parte do açúcar (brasileiro) já está comprometido (à venda), os preços do etanol precisarão subir mais para obter uma fatia maior da cana", disse o banco. As informações foram reportadas pela agência de notícias Reuters.
Do lado do financeiro, o dólar registrava leve valorização sobre o real durante a tarde desta quarta, o que tende a encorajar as exportações da commodity pelo Brasil e também contribui para o recuo nos preços internacionais.
Mercado interno
O mercado do açúcar voltou ao lado negativo na última terça-feira nas negociações internas. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, perdeu 0,78%, cotado a R$ 114,44 a saca de 50 kg.
Já no Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar registrou estabilidade, negociado a R$ 119,34 a saca, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha na última sessão o preço FOB cotado a US$ 19,09 c/lb com alta de 3,44%.
Fonte: Notícias Agrícolas