As cotações futuras do açúcar caíram forte nesta segunda-feira (04) nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado do adoçante estende as perdas da última semana ainda com foco nos dados das origens produtoras, além do peso do petróleo no financeiro.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 2,32%, cotado a 20,60 cents/lb, com máxima em 21,43 cents/lb e mínima de 20,55 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 1,59%, a US$ 593,00 a tonelada.
O mercado do açúcar chegou a oscilar dos dois lados da tabela na sessão desta segunda-feira nas bolsas internacionais, mas a queda da véspera foi estendida. A atenção principal permanece para as perspectivas com a safra brasileira.
A trading de commodities Wilmar reportou na semana que as safras de Índia e Tailândia, que ficam apenas atrás do Brasil na produção do adoçante, devem ser melhores que o esperado inicialmente. Os países asiáticos sofrem impacto do El Niño.
A produção de açúcar na Tailândia pode ficar entre 8,5 e 9 milhões de toneladas, mais de 1 milhão acima que as estimativas. E, da Índia, muito provavelmente, acima de 33 milhões, quase a mesma do ano passado, de acordo com um analista da Wilmar
A entidade ainda espera a nova safra do Brasil entre 42,5 milhões e 44,5 milhões de toneladas de açúcar.
No financeiro, os preços do adoçante também sentiram pressão da queda de mais de 1% do petróleo no cenário internacional. As oscilações do óleo bruto impactam diretamente na decisão sobre o mix de produção das usinas.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no spot começam o mês de março com queda. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 143,12 a saca de 50 kg com desvalorização de 1,45%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 162,42 com alta de 3,12%, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 22,15 c/lb com queda de 6,55%.
Fonte: Notícias Agrícolas