Os contratos futuros do açúcar iniciaram a semana em alta nas bolsas internacionais. Pesou nas cotações os fatores climáticos que colocam em dúvida a quantidade de cana-de-açúcar disponível no Brasil para a temporada 2024/25.
Segundo a Reuters, os negociantes disseram que “havia a preocupação de que a redução das chuvas na importante região centro-sul do Brasil levaria a um declínio na produção na próxima temporada de 2024/25”.
"A situação no centro-sul do Brasil apresenta um forte contraste com o ano-safra anterior. Em comparação com o ano passado, quando as chuvas de dezembro/janeiro/fevereiro foram aproximadamente 25% acima da média, este ano elas estão cerca de 30% mais baixas durante o mesmo período", disse a Sucden em um relatório publicado ontem (26).
No mesmo relatório a Sucden destacou que prevê a produção no Centro-Sul do Brasil em 40,8 mi/toneladas, “uma redução de 1,8 milhão de toneladas em relação ao ano anterior”.
O segundo maior produtor de açúcar do mundo, o Grupo Tereos estimou uma safra de cana no Brasil inferior a 600 milhões de toneladas, queda de 10% nos números da safra passada.
Nova York
Com todos estes dados os negócios do açúcar bruto listado na ICE Futures fecharam em alta em todos os lotes. O vencimento março/24, que vai expirar nos próximos dias, fechou em 23,15 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 53 pontos, ou 2,3%, no comparativo com os preços de sexta-feira. Já a tela maio/24 subiu 34 pontos, contratada a 22,16 cts/lb. Os demais vencimentos subiram entre 14 e 29 pontos.
Londres
Em Londres, na ICE Futures Europe, todos os lotes do açúcar branco também fecharam valorizados. O vencimento maio/24 foi contratado a US$ 624,50 a tonelada, alta de 12,40 dólares no comparativo com os preços de sexta-feira. Já a tela agosto/24 subiu 11,50 dólares, contratada a US$ 610,50 a tonelada. Os demais contratos subiram entre 3,90 e 10 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno a segunda-feira foi de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi comercializada pelas usinas a R$ 144,79 contra R$ 145,30 de sexta-feira, desvalorização de 0,35% no comparativo.
Etanol hidratado
O etanol hidratado registrou sua terceira perda consecutiva ontem pelo Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi negociado ontem a R$ 2.239,50 o m³, contra R$ 2.243,00 o m³ praticado na sexta-feira passada, queda de 0,16% no comparativo entre os dias.
Fonte: Agência UDOP de Notícias